terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Doze, treze, quase 30

Este espaço tem sete anos. Desde 2005, eu organizo a mim por aqui: o que ouço, o que penso, o que sinto e aquilo que me deixa em dúvida. Principalmente. Nesse tempo, fiz poucas retrospectivas na intenção de não me prender às efemérides que a nossa mente sempre tende a se apegar. De toda forma, ia buscar Bruno dia desses, ouvindo música, e veio uma vontade de escrever a respeito deste ano que se encerra, graças a Deus.

Doze foi um ano rápido. Ainda nem me recuperei do carnaval, da insolação que tomei em Serrambi (a marca ainda está aqui), nem perdi todos os quilos que queria ou comecei outro curso. Foi um ano que me deu pouca gente interessante, que me culpou demais e sequer ouviu meus argumentos. Tinha muitas perguntas a fazer, mas quando estávamos começando a conversa, dezembro chegou. E fim.

Em Suape, a operação com contêineres caiu 7,1%, a de cargas teve um crescimento pífio, o comércio (mal acostumado com os anos anteriores) reclamou das vendas ruins. O mercado imobiliário aquecido me deixa impossibilitada de comprar um apartamento. A crise na Europa, a recuperação ainda incipiente dos Estados Unidos e o dólar em alta que fez minha viagem ao Tennessee ficar bem cara. 

Doze foi o anos dos 29 - um insuportável quase-30 muito longe dos 20. Os de 29 não têm lugar neles mesmos, não se reconhecem enquanto definitivamente adultos, dentro dos vinte-e-todos anos de vida, nem como ainda jovens. Você está ainda perto dos tempos dos planos, lembra perfeitamente dos 15 anos, e percebe que não conseguiu fazer sequer um terço do que achou que seria capaz. Por outro lado, aprende que conquistas requerem tempo.

Treze será o ano dos 30, um ano de preparação, de desatar laços, de concluir ciclos. É o momento crucial para a economia de Pernambuco: a prévia do apocalíptico 2014, quando, dizem as previsões, será inaugurada boa parte dos maiores empreendimentos em curso hoje. É decisão, partida de semifinal, época de meios que justificarão os fins.