TATIANA NOTARO
Dois caminhos distintos do progresso podem ser apontados no mapa de Pernambuco - duas áreas próximas que têm números, estatísticas de crescimento e ritmo de desenvolvimento bem diferentes. Para traçar as linhas do crescimento econômico, a Folha de Pernambuco percorreu mais de 1 mil quilômetros nas Zonas da Mata Norte e Sul do Estado e conversou com autoridades e cidadãos que vivem dentro do tão falado “desenvolvimento chinês” pernambucano. Foram 17 municípios visitados e muitas disparidades constatadas. O resultado publicamos amanhã, no caderno especial “Zona da Mata: terra de contrastes”.
A mudança de vida nos municípios localizados no entorno de Suape, as transformações nem sempre benéficas da paisagem urbana e rural, a atividade canavieira e a falta de mão de obra são alguns dos itens da Mata Sul. Relatos que mostram além da economia - mais do que o progresso - como estão refletindo os investimentos que chegam ao Porto e seus entornos, ao seu território estratégico.
No outro extremo, é a cana-de-açúcar que movimenta as cidades. Goiana, Carpina, Itaquitinga são algumas das que dependem quase exclusivamente das usinas, maiores fontes de renda da população, junto com as prefeituras. A Mata Norte enfrenta ainda a escassez de chuvas, que compromete a sua principal atividade, além da sazonalidade do trabalho safrista e ainda um número bem reduzido de empreendimentos destinados à região. Com o caderno especial “Zona da Mata: terra de contrastes”, firmamos um registro desse momento peculiar pelo qual passa a economia de Pernambuco. Trajeto do progresso que modifica a vida das pessoas, das cidades. Para melhor.