Há meses não aparece um assunto novo por aqui e várias (mentira, algumas...) pessoas já vieram reclamar desse abandono total ao blog. Devo justificar aos meus poucos leitores a ausência de novidades, nem que seja por mera formalidade entre partes?
Deve ser, realmente, muito chato procurar algo que preste para ler na internet e se deparar com a mesma coisa postada há meses. Como li num livro infame, ao qual não titularei nesse post, meus poucos leitores, ao acessar essa página, ouvem um silêncio fúnebre e:
- Cri, cri, cri (como grilos).
Não que eu goste de plágiar idéias, boas ou péssimas (como esta acima), mas esta me pareceu encaixar bem neste caso.
Sim, mas antes que eu fuja ao tema, como é costumeiro, deixe-me registrar os porquês do abandono do recinto. Além da monografia (não, não a postarei aqui como faço com algumas matérias que escrevo pro jornal), não tem muito graça fazer em casa, nas horas de descanso, o que eu passo o dia fazendo no trabalho.
Neste momento, vejo que isso não justificaria, já que muitos e muitos jornalistas alimentam seus blogs de forma decente e estes pensamentos aqui andam vazios, ocos. Nem é por falta de imaginação, nem de tempo... Aliás, passo o dia podando pensamentos no jornal e muitos deles renderiam posts fantásticos como alguns de tempos atrás.
Já me chamaram de vendida, mas eu discordo. Nesse momento mesmo, estou bolando justificativas e as idéias vão falhando. Aí eu penso se devo mesmo postar isso ou deixar pra outro dia, quando tiver alguma boa idéia.
er...
Sim! Ontem aconteceu uma coisa interessante (pelo menos pra mim). Coloquei meu nome no Google para ver por onde ele anda. Pois saibam que virei link em blogs de terceiros (Blog da Tatiana Notaro) e comentário: uma pessoa postou uma matéria minha em seu blog, elogiou o texto e falou que ignorou "erros de pontuação". Céus!!! Erros de pontuação? Ondeeee?
É bem provável, mas justificável. Sabe quando você faz tanto uma coisa que ela sai no automático e quando você pára para racionalizar, nem sabe mais o que está fazendo? Sabe? Que ótimo... você me entende, então, quando eu leio e releio a mesma frase 20 vezes sem saber exatamente onde pôr a vírgula. Oras, vírgulas são indispensáveis para a boa compreensão da frase. Uma delas no lugar errado acaba com o sentido da oração e o juízo do autor do erro.
Olhe... o que eu já recebi de e-mails reclamando de erros não é brincadeira....
Ótimo, vou usar esse espaço para desabafar.
Eu sempre faço o possível para que TODAS as minhas matérias sejam entendidas, e bem entendidas, por TODO tipo de gente. Este post, por exemplo, se encaixa bem no tipo de texto que eu costumo fazer (a carpintaria do texto, como li certa vez). Pois bem. Lá estou eu escrevendo uma matéria sobre um bailarino que vinha ao Recife fazer uma apresentação SOLO de DANÇA CONTEMPORÂNEA. No espetáculo, ele ia dançar no marco zero da cidade, sobre um tapete...
Você já viu uma apresentação de dança contemporânea? É uma aula de contorcionismo (pelo menos pra mim, que sou uma reles leiga)... Então, imagine você conseguir transcrever o abstrato pro papel, delirando junto com o autor daquela coreografia?
Voltando pro texto. No dia seguinte ao da publicação da matéria, recebi um e-mail desaforado perguntando "por qual cartilha" eu escrevia, já que minha matéria trazia que o bailarino em questão era um "profissional de primeira grandeSa" (é, com S). Agora, você... olhe pro seu teclado e veja que S e Z são quase letras vizinhas. Eu aprendi em 89 que grandeZa é com Z, mas digitei errado, oras!!!!
Eu posso continuar não sabendo bulhufas sobre dança contemporânea, seus nudismos e movimentos. Vou continuar desconfiando que aqueles bailarinos fazem movimentos aleatórios, mas nunca mais eu esqueço da grandeZa!.
Hunf!
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