quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Ano novo, tudo novo?

Drummond tem razão. Dividir o tempo foi uma idéia de gênio.

A mente humana é muito facilmente programável. Mesmo que a madrugada do dia 31 de dezembro seja exatamente igual às outras
(a não ser pelo fato de que o planeta Terra completou sua volta em torno do sol) e a manhã do dia 1º de janeiro também não tenha nenhuma diferença visível (a não ser a de jogar o velho calendário fora e recolocar outro na parede, indicando um novo ano), as pessoas vestem branco (ou vermelho, rosa, amarelo, verde - dependendo daquilo que almejam para no novo ciclo de meses), estouram champanhe (ou cidra, dependendo do poder aquisitivo) e, no caso do Recife, têm a opção de ver a queima de fogo (e dinheiro - eu sou contra fogos) na praia de Boa Viagem (que, por sinal, fica imunda).

Eu abro muitos parênteses por que essas festas de final de ano são cheias de detalhes. E eu não falo de bolinhas coloridas e pinheiros, mas das peculiaridades desse clima de "final & recomeço", cheio de esperanças de "tudo vai dar certo".

O fato é que, nos meus 23 anos de vida, eu não vi grandes transformações decorrentes dessa sombra de renovação que os finais de ano trazem consigo. Acho que isso é apenas mais um pretexto que inventaram para evitar suicídios em massa... que seria de nós, reles mortais, se não fossem as injeções de ânimo programadas para período específicos. Difícil?

Qual a maior decepção do brasileiro? Dentre muitas, os políticos, certo?
Pois bem. De dois em dois anos, somos bombardeados por promessas de "novos tempos", fartura, saúde, educação, infraestrutura, progresso. Dessa última vez, eu quase acreditei em Alckimin, quando beijava crianças negrinhas e subnutridas em seu programa eleitoral.
Credo!

(Demagogia, segundo o dicionário, significa "governo ou atuação política pautada pelo interesse imediato de agradar às massas populares, com o fim de alcançar o poder ou de o manter")
Acredito que a maioria vá para as urnas com uma pontinha, pelo menos, de esperança de que as coisas possam mudar (nem que seja por que: "pior não pode ficar")

O que falar das segundas-feiras? Não são sempre um recomeço?
Eu mesma já planejei o início de muitas dietas para uma segunda-feira...


Falsas ou verdadeiras, as mudanças são sempre importantes.

Eu adoro mudanças. Meu cabelo é a principal vítima disso. Já fui loira, morena, ruiva, muito ruiva, muito loira... já tive cabelos longos, repicados, desbotados, tricolores, escovados, cacheados. Com franja, sem franja...
Tô pensando agora num corte à moda Maria Rita. Já me disseram que é bagunçado demais, mas eu acho legal...


A tatuagem está na geladeira. Não desisti, mas fico pensando se não vou enjoar dela tb...

Acho que se esse post fosse uma redação, tvz desse "fuga ao tema"...

Tô escrevendo, nesse momento (além do post que você lê agora), uma matéria sobre violência intra-familiar... aí vim desopilar aqui. Eu penso mil coisas ao mesmo tempo e tenho que descarregar de algum jeito...

Tô pensando tb que vou ficar sem estágio...
Carlos está de férias e em casa. Eu já disse a ele que viesse pro Rio comigo, passer de pantufas no Museu Imperial de Petrópolis, mas ele disse que comprou uma cadeira nova pro computador...
Lukinhas vai pegar catapora...
Carolzinha quer fotos dos professores dela...
Hj tem festa da Luluzinha...
Mariana adora Elis Regina...
As encomendas chegaram e eu vou busca-las amanhã...
Papai Noel, vc me paga!

MUSIQUE-SE

Agora Só Falta Você

Rita Lee E Luiz Sérgio

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto à você

E em tudo o que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber
Pra saber o quê?

E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu

No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou

Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta...

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