terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Sempre tão gratas surpresas

Foram 15 anos no mesmo colégio. Mesmo ambiente e as mesmas caras familiares, tão sempre amistosas e tão minhas. Dos 3 aos 17 anos, ali era o lugar.

Quando acabou-se a vida do casulo, de fardinhas e tardes ensolaradas sem nada para fazer além de jogar conversa fora, eu pensei que seria o fim. Como sobreviver sem o cotidiado que eu conhecia tão bem?

Ah, vida sacana, que determina até quando podemos ter a confortável sensação se segurança - e nos joga em si. Traga.

Mas a vida tem essas coisas. Quando nossa cabeça começa com seus pensamentos frívolos, eis que ela vem e nos dá um tapa: "Acorda que tem coisa que só a porra daqui pra frente".

É, mas eu custei acreditar.

E depois dos quase seis anos (interrompidos, sim, mas seis) dentro da nova "casa", eu já me sentia parte dela. Era tão minha quanto a casa anterior, com sua devidas proporções temporais. Mas era. E como fora aconchegante e, ao mesmo tempo, madrasta. É a vida...

E se as fardas já não existiam mais, nem as caras sempre conhecidas, nem os horários rigorosos a serem cumpridos, restaram-me caras novas, que, depois da estranhesa original, são hoje parte do todo. Ficaram os conhecimentos e as mudanças. Sim, como mudamos.

Adultos, agora?
Duvido...

Certezas?
Algumas muitas poucas...

Casos?
A mais, que somam e permanecem.

É... quem sabe?
Ah, a vida e suas surpresas. Sempre tão gratas...

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