quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mensagem (retardada) de Natal

Sim, eu sei que hoje já estamos na madrugada do dia 29 e todas as atenções estão voltadas pros preparativos de reveillon. E, saibam, eu nem sou religiosa e nem gosto de Natal, mas recebi do meu tio o link para este vídeo e achei que, sim, valia a pena publica-lo aqui.

Acho que essa época do ano, pra mim (e pra tanta gente) tão melancólica, apesar de festiva e cheia de boas lembranças, tem lá suas vantagens. É sempre aquela sensação drummondiana de recomeço. É uma nova chance, dada todo santo ano, pra gente fazer diferente.

Então, ganhe seis minutinho nessa história, mesmo que você nem acredite nela. Ah, e espera que eu tenho pensado tanto no retrospecto desse espaço.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Só para registrar

- Amanhã é dia de pescoção no jornal
- Hoje o dia foi pesado. Pesadíssimo com uma manchete pra fechar de última hora
- Ah, achei meu Saramago. Nem conto onde tava...
- Esperando um telefonema há dias...
- Preparando post de fim de ano

domingo, 19 de dezembro de 2010

Procura-se o meu Saramago

Tive que pegar outro livro pra ler, mesmo antes de terminar "Saramago - Biografia". Não tenho a menor ideia de onde foi parar. Medo de que tenha esquecido no avião na última viagem.

Continuarei a procurar por Saramago, mas enquanto não resolvo o mistério do seu desaparecimento físico, convoquei Wagner Homem para uma conversa sobre Chico. Maravilha de livro...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rock in Rio - Chegou o card

Agora é esperar a programação e escolher um dos DIAS de Rock in Rio!


"AUTOPRESENTE" - Chegou pelos correios, com direito a caixinha propícia à época, o presentinho que eu me dei de natal

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Hasta, Mainardi!

Boa parte da minha vida acadêmica (e pouco depois dela), dediquei ao estudo da ética jornalística. Mais exatamente, ao estudo do código de ética dos jornalistas e sua não aplicabilidade por parte dos veículos, com foco na Veja. Aliás, objeto de estudo rico em crimes, especializado em contravenções. Não precisa se aprofundar muito na análise nem entender do correto exercício do jornalismo pra perceber que ali, em cada edição, há questões densas a serem levantadas.

Politicamente, a Veja é antilula. Não importa quem esteja do outro lado, Lula será travestido de Judas e malhado até o fim, com ou sem motivo. Guardo até hoje a edição especial da eleição do petista, em 2002. Eu achava que seria a prova de que até os que se pensam poderosos podem e devem se redimir, mas bastou checar as edições seguintes para ver que não é nada disso. Longe disso. Há capas lendárias, manipulações explícitas e, assim, a Veja vai vivendo de massacrar o que for de esquerda, o que lembrar regimes comunistas - assim vai fazendo um mau jornalismo há mais de 40 anos.

Hoje estava lendo o Acerto de Contas e lá os meninos contam que Mainardi vai se aposentar. Há um tempo, anunciou que sua coluna semanal passaria a quinzenal; agora, que passaria a ser mensal.

Nesse caso, não há de se ter meias palavras, Diogo Mainardi não as conhece. Sempre foi direto e seco, cruel e pouco profissional, tanto nos ditos escritos como nos falados. Além da coluna da Veja, ele tece seus comentários peçonhentos no Manhattan Conection, um programa na tv paga, de nome cafona e conteúdo diverso. Para assisti-lo, é necessário que o telespectador ligue o filtro. Vai ouvir de tudo, inclusive muita asneira.

Mas, não, não é preciso odiá-lo. Sempre digo aos meus colegas de profissão que Mainardis são necessários, já que tudo na vida precisa de um contraponto. Para que haja o bom jornalista, que respeita seu ofício e a sociedade para e por qual trabalha, precisa-se do mau (leia-se, neste caso, o péssimo). Taí um belo exemplar.

Faz tempo que aprendi que a objetividade do jornalismo é pura mística, invenção de algum inocente. Respeito a posição que Mino Carta dá à Carta Capital, lulista assumida, assim como o "direitismo" da Veja, mas vamos questionar os meios para entender os fins. É bom também questionar o que quer um comunicador como Mainardi quando batiza um livro publicado de "Lula é minha anta". Mas faz totalmente a linha editorial da majoritária revista. A Veja é, sim, desse tipo de postura.

Em 89, quando a Veja publicou as cartas enviadas à redação que tratavam sobre a matéria publicadas sobre Cazuza (para lê-la, clique aqui), uma me chamou atenção. Aliás, uma serviu-me de veredicto. Era assinada por um deputado em exercício na época, ofendia aos signatários da carta de repúdio à matéria (Chico Buarque, Marília Pêra...) e terminava dizendo: "e ao indecoroso Cazuza, que o inferno o espere ardente e brevemente" (algo assim, não me lembro exatamente das palavras). Isso, para não dar ênfase àquela famigerada matéria:


Eu duvido que a Veja deixe de ser quem é quando Mainardi tomar seu rumo. Aposto que será capaz de ceder o local de destaque a outro do mesmo tipo. São milhões de assinantes. É a revista mais lida do País, escrita por gente boa e por profissionais de conduta duvidosa. É jornalismo de alta periculosidade. Concordo com o Acerto de Contas: já vai tarde.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cachorro é tudo de bom!


Eu adoro fotografia e, ultimamente, tenho visto coisas que sempre me fazem dizer: "eita, isso merecia uma foto". É bem o caso acima. O cidadão é o meu "sobrinho de estimação" em plena comemoração do Halloween.

Este é um daqueles posts que começam do nada. Eu ia colocar só a foto, escolhi o título, que já não tem nada a ver com este parágrafo. Fulga total ao tema? Sabe-se lá. Fiquei agora com a sensação de ter tergiversado sobre o vazio. Como diria uma ex-professora: saiu do nada para canto algum.

Tô achando que passo por um momento de entressafra criativa ou talvez uma preguiça patológica. Podemos também chamar de falta de foco ou hiperatividade, quem sabe? Eu faço coisa demais ao mesmo tempo mas talvez esteja condenando o que é, de fato, importante a segundo plano. Eu sempre tive o hábito de prolongar as coisas, sendo uma boa amante das delongas e dos casos mal resolvidos. E tem voz que me diz que eu tenho uma dificuldade grande de pôr um ponto final definitivo nas coisas. Pessoa bem chegada às reticências e às vírgulas da vida.

E tem gente demais por aí que sofre do mesmo mal. Medo danado de escolher o caminho errado, medo de calar, de dizer, de comer e de ter fome. Tá parecendo mais aquela música de Lenine, Miedo. A foto de Sawyer (meu sobrinho) tá bem propícia agora. Ele parece que tava com medo da abóbora, tanto que não conseguia encara-la e preferiu fechar os olhos. É... cada um com sua(s) abóbora(s)...