domingo, 27 de maio de 2007

Conceição e seus sentidos

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida...
...
...
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar...

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Domingo é dia de ficar na penumbra do quarto, ouvindo vozes.

Estou decupando uma fita de uma entrevista com a atriz pernambucana Conceição Camarotti, de Amarelo Manga (2005). É meio complicado esse trabalho de decupagem, quando você tem que tirar de uma entrevista de 2 horas, poucos trechos para compor um esqueleto de 2 minutos.
O que me chama atenção na entrevistada, é a emoção que ela passa com as palavras.

Conceição foi casada com Marco Camarotti por 26 anos. Ele morreu há 2, quando eles já não dividiam mais a mesma casa. Ela conta que se separou dele por que precisava desse "vôo" e por ter ciúmes de seus livros...

"Antes dele morrer, perguntei por que me deixou ir embora de casa. Ele disse: 'por que eu a amo''. - explicou, afogada.

O que eram risos traquinos de alguém que relata as aventuras de uma vida, realmente, cheia delas, transformam-se em relatos doloridos. Daquelas dores de emudecer.

"Eu era mais feliz antes disso. Não que minha vida tenha perdido sentido, mas eu era muito mais alegre..." - conclui.

Entende?
Eu também!

Chega de penumbra. Vou passear!
cheiro!

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Ouça-me

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