quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Empresa brasileira de correios e telégrafos

Os ares românticos dos Correios já não são mais os mesmos. O que antes eram cartas de amor ou cartões postais com notícias, viraram boletos bancários e malas diretas com propagandas sempre inúteis.
Quando eu era criança, achava o máximo a quantidade de cartas que meus pais recebiam. Para mim, uma vez por quinzena, chegava um pacote de revistinhas em quadrinhos. Cinco exemplares da Turma da Mônica que eu lia na mesma noite e depois relia algumas dezenas de vezes. Hoje em dia, o que chega é o boleto da universidade e a fatura do cartão de crédito. A correspondência mais romântica vem no Natal, quando a Católica manda um cartão desejando um feliz ano novo.
Eu costumava trocar cartas com alguns amigos, mas o ato foi ficando sem muito sentido depois do e-mail. Isso, muito embora eu ainda ache que as mensagens eletrônicas não substituirão nunca as cartas à mão.
Eu tenho uma caixa delas. Daqui a pouco, os envelopes estarão cobertos por papéis ofício se, por ventura, eu ainda me der ao trabalho de imprimir os e-mails mais simpáticos que recebo.

Os Correios sobreviverão (ou já sobrevivem) à base dos sedex.

Deve ser delírio de gente velha.
Eu já tô quase no meu primeiro 1/4 de século. Em breve vou poder usufruir da expressão "no meu tempo...", que meu avô tanto usa.

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