segunda-feira, 12 de julho de 2010

Seis meses depois, o que restou do Haiti?

Com informações da ONU e do Terra.com

Hoje faz seis meses que o Haiti foi destruído pelo terremoto. Há seis meses, não se falava em outra coisa a não ser nas milhares de vítimas, na devastação. Foram 300 mil mortos, milhares de feridos e 1,2 milhão desabrigados.

Hoje, parece que não há mais espaço para os haitianos nas pautas. Mas eles ainda são 1,5 milhões vivendo em acampamentos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgados durante coletiva de imprensa em Genebra, hoje. Mesmo assim, experimente fazer uma busca no Google; há poucas informações sobre a atual situação do Haiti.

O presidente René Préval disse que há uma grande desproporção entre os fundos necessários para a reconstrução do Haiti e os recebidos até o momento, e previu que o processo de reconstrução "não será fácil". Somente para tirar os escombros das casas destruídas, disse o presidente, será necessário US$ 1,5 bilhão. Realidade: as doações estão em torno de US$ 35 milhões e o apoio ao orçamento nacional, apenas US$ 16 milhões.

O chefe de Estado anunciou oficialmente o lançamento da fase de reconstrução para "eliminar as barracas", onde residem os desabrigados desde o dia da tragédia.

Representantes da ONU disseram que a reconstrução do país deve levar anos e, por isso, é indipensável o apoio internacional. Segundo o porta voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Paulo Garwood, os termores destruiram oito hospitais e danificaram 22 unidades de saúde. Ele disse ainda que, apesar da precariedade, uma pesquisa de abril deste ano mostrou que 90% dos habitantes de Porto Príncipe já têm acesso a saúde através de clínicas móveis. A OMS afirma que mais de 1 milhão de pessoas têm acesso a água potável.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, lembra que projetos de dinheiro por trabalho foram criados nas primeiras semanas após o terremoto para ajudar a população. A agência diz que mais de 115 mil trabalhadores participaram da iniciativa ou continuam contratados para tarefas como remoção de entulho e limpeza de ruas. 40% desse total são mulheres.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, anunciou que já forneceu comida para 4 milhões de pessoas no Haiti desde o terremoto que atingiu o país, há seis meses. As operações agora estão focadas em uma estratégia de recuperação. Em balanço, o PMA divulgou que a distribuição de biscoitos energéticos e comidas prontas começou nas 24 horas que seguiram o terremoto de 12 de janeiro. Muitos funcionários morreram na tragédia, que deixou ainda escritórios e depósitos danificados. Programas de trabalho por dinheiro e comida, que já beneficiam 30 mil trabalhadores em projetos de remoção de entulhos e canais de irrigação. Até o final do ano, o objetivo é alcançar 140 mil trabalhadores e famílias, atingindo 700 mil pessoas.



O Governo do Brasil entregou ao Governo do Haiti e ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas a contribuição de 2 milhões de dólares, que serão utilizados para a compra local de alimentos, destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar do Haiti.

Aqui, uma foto vencedora de um prêmio do Unicef, tirada em 2007 por Alice Smeets. Imaginem a realidade hoje:



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