O que me importa, agora, andar na (sua) linha, tramar desculpas, escapar do zelo de não ser?
E o que me importa se, pra você, as (minhas) palavras já não têm a mesma superficial profundidade - não tocam mais, não tecem mais, não são tão mais?
E o que mais me importa senão mostrar que posso, além de ser tudo aquilo que me vem nomeado em rótulos, ser somente o que (me) convém?
Daqui a pouco, vai fazer tempo. Então, nem vai mais importar, como ainda importa hoje. O que era encontro, volta a ser lembrança e do que hoje ainda se lembra, esquecimento.
E o que me importa se continuar sonhando com o quê (ainda) não tenho, mesmo que passe tempo suficiente para faltar paciência?
Já não vai importar mais nada. Posso acreditar.
Posso?
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