segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"E eu vou ensinar a você tudo o que eu sei..."

Eu tenho um amigo que, vez ou outra, resolve filosofar sobre o universo feminino. Confesso que até agora não encontrei muita conexão entre as teorias de "Bonifácio" e as minhas verdades, mas as coisas são assim, tendem ao desencontro. Tenho muitos outros amigos homens e a nítida impressão de que eles entendem pouco nada sobre mulheres.


E falando nisso, estava lendo um texto sobre o filme “Comer, amar, rezar” de tanto ouvir as pessoas falando sobre o livro (homônimo). Eu ainda não vi, mas verei. Verei para atestar se não se trata de mais um clichê sobre o universo feminino, já tão incansavelmente debatido. Mas eu vou de boa vontade, já que o trailer é, digamos, inspirador.


[Dá até vergonha de dizer isso, machista que sou. Mas é isso mesmo. Deixemos a veia canceriana se sobressair um pouco]


A crítica de Martha Mendonça, de Época, destrincha um filme fácil de gostar, embora longo; fácil de gostar, embora livre dos clichês "novelísticos" que tanto buscamos,  mesmo que  inconscientemente.


[Penso nisso quando lembro do final de uma novela de Globo (sim, eu via, quando estava em casa à noite) em que a protagonista não terminava com seu par romântico oficial]


Pois então. Eu devo ir ao cinema ver o filme e, aí sim, dou minha singela opinião aqui. Estava em dúvida sobre a ordem: se lia o livro ou via o filme primeiro. Mas como Saramago ta na frente, melhor nem esperar.
Em Comer, rezar e amar, é uma mulher que cumpre essa jornada, que se torna ainda mais forte com o peso de ser uma história real. Para os homens, o fim da saga é geralmente feito de louros, poder ou dinheiro. Para as mulheres, depois da jornada e da tempestade, a bonança pode ser um homem que a faça feliz – e até atender pelo nome de Javier Bardem. E o melhor é ter toda a liberdade para dizer: e daí?
Não sei não. A cada dia, tenho mais dúvidas, mas ainda acho que há o que ensinar sobre isso. E aprender.



***

Um comentário:

Tacyana Viard disse...

Ó, eu gostei do livro. Mas não sei o que torna um livro a virar a obra do ano. É bom, mas tem uma parte que cansa - acho que é quando ela está no retiro espiritual. Mas, como toda leitora, vale. para mim, não é o melhor e não chega a me trazer tantas emoções misturadas como A Cidade do Sol me trouxe.