segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Jericoacoara, um lugar de difícil acesso

É somente isso que eu conseguia pensar quando ainda não tinha chegado em Jericoacoara, aqui no Ceará.
Pense num lugar longe.
Pensou?
Pois ainda não chega nem aos pés de "Jeri".

Faz uns dois meses, um amigo me ligou chamando pra vir passar o feriado de 7 de setembro aqui. Negociações no trabalho depois, fechamos hospedagem na Pousada do Tadeu, até bem simpática, na rua principal de Jericoacoara.

Bem, Jijoca de Jericoacoara é uma cidade do estado do Ceará e a praia de "Jeri" faz parte de um parque nacional. Hoje fizemos um passeio bem legal a umas lagoas de água doce e, no trajeto, o que chama atenção é a quantidade de jegues. As lagoas do Paraíso e Azul são lindas, formadas, segundo o "bugueiro", pela água da chuva. Mas ainda insisto que o mais "exótico" de "Jeri" são os danados dos jegues. Acho que tem mais deles que visitantes por aqui.

A cidade está cheia, tanto que quase quase não conseguimos comprar passagens para voltar. Olhe, vale a pena registrar o que passamos para chegar até aqui. Eu não tinha ideia da "massada" que seria. Acompanhe:

1. Estávamos combinados de sair do Recife às 20h da sexta, mas Ulisses tinha que esperar o fim do julgamento do Caso Serrambi para poder sair da TV (vida de jornalista...). Reagendamos a saída para as 3h da manhã.
2. A senhora minha mãe faz um protesto (daqueles bem maternos) contra a nossa ideia de viajar de madrugada e acabou dobrando os meninos. Remarcamos a viagem para as 4h da manhã no sábado. E assim, fomos...
3. Chegamos em João Pessoa para pegar Priscila e trocar o carro. Deixamos o Palio de Ulisses e pegamos o Corsa de Priscila que enfrentou as oito horas de viagem até Fortaleza. Gustavo, macho que só ele (leia-se, teimoso), e nós chegamos na capital cearense às 15h30, a tempo de perder o primeiro ônibus rumo a Jijoca. A gente se organizou, tomamos banho na rodoviária de Fortaleza e embarcamos no ônibus das 18h.
4. Chegamos em Jijoca perto de 1h da manhã de domingo, depois que a minha paciência se esgotou com os vizinhos de poltrona que insistiam em conversar alto e me impediam de dormir. Ao meu lado, Ulisses, com um fone no ouvido, dormia lindamente. Eu já estava em pânico.
5. De Jijoca, pegamos uma Jardineira (algo que posso descrever como uma mistura de ônibus de linha com pau de arara). Gustavo disse que "só" faltava mais 1h20 de viagem. Eu ri, mas ele não estava de brincadeira não. A jardineira andava, só tinha mato, areia e escuridão e eu comecei a ficar enjoada do balanço. Foi uma eternidade. Contamos umas 15h até chegar aqui.

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Amanhã a gente vai andar de buggy de novo. Dessa vez, com "emoção" e sem "skybunda". De acordo com Eduardo, nosso "bugueiro", Jericoacoara quer dizer "jacaré quarando com a cara para o sol". Muito poético.

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