terça-feira, 31 de maio de 2011

Tantas palavras, meias palavras

Há uma pilha de papéis sobre a minha escrivaninha e eu não sei o que fazer com eles. Cada um é um capítulo de uma história longa, linda. Mas já revirei todos os papéis, quase uma resma inteira, e não encontrei o último capítulo ainda. Pior é que quando estou colocando os fatos em ordem, achando que vou conseguir fechar o livro, encerrar a narrativa, revisar seu último capítulo e dar título ao todo, aparece um novo acontecimento, uma nova palavra e outro fato inimaginável.

Quando parece perto, escapole pelos dedos. Palavras se vão, outras vêm. Mesmo que agora tudo pareça meio pobre, vazio, há sempre do que se lembrar.

Tudo anda mesmo meio vazio, sem cor ou contraste. Um tom meio sem sentido, meio perdido, meio carioca, meio que querendo voltar, mas indo embora.


Um comentário:

Tacyana Viard disse...

Menina, adoro Emílio Santiago.
Hoje mesmo estávamos cantando "agora...justamente agora..agora que eu penso em ir embora você me sorri...''