Confusões a respeito do mundo são comuns, assim como confusões a respeito do mundo, das pessoas.
Costumo dizer que problema é aquilo para o quê há solução. Pense bem. Quantas vezes você se depara com um fato e, talvez por não racionaliza-lo, o super ou subestima?
Ok. Não estou conseguindo me expressar bem. Vou direto ao ponto.
Há exatamente um ano atrás, eu nem imaginava o que estava para me acontecer, e talvez hoje nem tenha idéia do quanto aqueles acontecimentos me modificaram.
Há um ano atrás, eu me deitei e mantive o rádio ligado, coisa que nunca faço. Tenho medo de ouvir música do escuro. Mas naquele dia, apesar dos compromissos que me aguardavam logo ao amanhecer, eu fiquei observando a penumbra até as duas horas da manhã. Ao acordar, deparo-me com uma seqüência de cenas que até hoje estão nos meus pensamentos todos os dias, de tão surreais que pareciam, e ainda parecem ser.
Era 8 de agosto, o dia em que eu vi a morte de perto. Talvez ela tenha passado por mim às duas da manhã, mas eu não entendi. E não, ela não é um problema, percebe?
Eu nem desconfiava, mas dali a 12 dias eu passaria por um outro fato, também sem explicação, propósito ou solução, que me transformou, irremediavelmente, em quem sou hoje. Qualquer tipo de percepção que eu tivesse sobre emoções antes daquele domingo eram ínfimas. Dúvidas, sonhos, confissões, lamentos, sensações ímpares, calafrios, rubores e, por fim, a certeza.
Era 20 de agosto, o dia em que senti o amor de perto. Talvez devesse ser ele, mas eu realmente não sei o que quer dizer. E, talvez, ele não devesse ser um problema, percebe?
E eu não tenho a menor idéia do quanto sou diferente hoje, depois disso.
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