quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Coisas que soam estranho


Duas coisas no mínimo esquisitas me chamaram atenção hoje. A primeira é o lançamento de uma boneca lactente. Isso mesmo: uma boneca que propõe brincar de amamentar.

Claro, óbvio, que o negócio causou polêmica.




O Bebê Glotón reproduz ruídos de sucção e chora quando ainda está com fome. Tudo tranqüilo, até a gente avisar que no kit vem uma mini-blusa que simula seios. Aí a menina veste e está pronta para a brincadeira.

Por causa da confusão que deu lá na Espanha, onde a boneca é fabricada, a empresa responsável pelo produto fez uma adaptação para tornar a brincadeira mais sutil: a mini-blusa vem com flores no lugar dos seios.

“As instruções seguem o exemplo real da amamentação: colocar o bebê para arrotar depois de mamar (o boneco também emite o barulho), trocar de seio se ele chorar, indicando que continua com fome, e acariciar a barriga para aliviar problemas de indigestão”, diz a matéria (que você pode ler clicando aqui).

Concordo com uma amiga que disse que o mundo era mais feliz na época da Lu Patinadora.


LU PATINADORA - da época que estranho era boneca andar



Bem, a segunda notícia é sobre absorventes que duram cinco anos. São de pano, ecologicamente corretos e, assim como as velhas toalhinhas da vovó, é só lavar que tão prontos para novo uso.

Fico só pensando até que ponto esse troço é realmente limpo.




Li o assunto no blog de meio ambiente do Diario de Pernambuco (que você pode acessar clicando aqui) e fui lá conferir os comentários. Entre o time dos “contra” e dos “indecisos” tem os ecologicamente “a favor”, capazes até de uma tese completa sobre a intensa relação que pode haver entre a mulher, seu ciclo menstrual e sua feminilidade. Olhaí:


Também aprendi que o sangue não é “sujo”, mas agrado [deve ser “sagrado”]. A experiencia de mexer com a água com sangue, que eu achei que seria estranha, foi o mais interessante.
Nós somos criadas achando que nosso cilco é algo sujo, que enrolamos no plástico e jogamos no lixo sem querer nem ver. Pra mim esta nova forma de me relacionar com minha femilinidade, com a terra, com o sangue que é vida, foi incrível. Não uso absorvente de plástico nem OB com dioxina nunca mais.



Eu fui orientada a me manter limpa e discreta desses períodos. Prefiro diminuir o tempo de banho, de computador, acender menos luzes e usar sacolas retornáveis.

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