Publicado pelo site de Época, no dia 31 de dezembro. Guardei para refletir os relatos de algumas pessoas que têm algo de útil pra falar (e fazer).
Pense em como ajudar as crianças
"Eu era viúva havia cinco anos e estava tomando lanche com meus cinco filhos à noite, quando o telefone tocou. Era maio de 1982. No telefone, estava o meu irmão dom Paulo Evaristo Arns, na época o cardeal de São Paulo. Ele me contou que vinha de uma reunião da ONU. Eles pediram a dom Paulo que pensasse sobre como a Igreja poderia ajudar a expandir o uso do soro oral para as mães, com o intuito de evitar a desidratação, causada pela diarreia. E ele me aconselhou a pensar em como fazer isso. Foi, para mim, um momento de muita emoção. Na ocasião, eu era diretora da Saúde Materna Infantil do Estado do Paraná e o partido político no governo havia mudado. Apesar de eu não pertencer a nenhum partido político, eles me tiraram da direção da Secretaria da Saúde. Eu me sentia subutilizada quando dom Paulo me telefonou, parecia que Deus estava me abrindo uma grande porta: ensinar as mães a cuidar melhor de seus filhos. Depois que meus filhos foram dormir naquela noite, eu planejei a Pastoral da Criança inteira. Eu queria salvar vidas."
Zilda Arns, 75 anos, médica, sanitarista
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