quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O dito está dito. E assine embaixo



“É muito conveniente: só há um Deus, ele está no comando de tudo, é maior que você, e você não pode incomodá-lo. E eu não posso nem falar com ele! Eu gostaria de ter esse emprego!" - Iggy Pop

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

"Intimidade entre estranhos"






Quarta-feira, 17 de dezembro, consegui carregar minha irmã para o show de Roberto Frejat, ex-guitarrista e ex-vocalista do Barão Vermelho [a banda está em recesso desde 2007], que apresentava seu terceiro álbum solo “Intimidade entre estranhos”. no The Pub, aqui no Recife Embora o ingresso marcasse 22h para o início do show, Frejat só entrou no palco minutos depois que o relógio marcou 1h (da manhã, claro) e eu já estava descalça e sem paciência. Tudo passou quando ele abriu a apresentação à Marina:

Pra começar, quem vai colar
Os tais caquinhos do velho mundo?
[Ninguém aqui vai]
Pátrias, famílias, religiões e preconceitos
Quebrou não tem mais jeito
Agora descubra de verdade
O que você ama...
Que tudo pode ser seu


Contrariando a crítica não-especializada (leia-se: meus amigos, que não quiseram me acompanhar), o show do novo disco de Frejat não atraiu (somente) velhos – ao contrário, trouxe uma rafaméia de pós-adolescentes-loucas que gritavam histericamente à beira do palco e empurravam um segurança mau humorado, prostrado de costas pro show.




 NOVO ÁLBUM - "Intimidade entre estranhos"


Bem, depois de vê-lo cantar bem de perto e passar a semana ouvindo um dos seus álbuns solos (o primeiro, “Sobre nós dois e o resto do mundo”), posso classificá-lo como um compositor de contrastes. Frejat assina canções excelentes (vide "Amor pra recomeçar"), boas (vide "Túnel do tempo") e péssimas (vide "Seu amorzinho"). Isso, sem contar aquelas que foram fruto de sua parceria com Cazuza, como “Bilhetinho Azul”“Bete Balanço" e "Maior Abandonado". Além disso, o rapaz (hoje com 47 anos) vai muitíssimo bem na guitarra e no violão. Em suma, é mais ou menos isso: composições que vão do céu ao limbo, guitarra de encher os ouvidos e um voz mediana (mas me agrada, confesso, sem vergonha).

No palco, Frejat estava solo, mas acompanhado pelos ex-barões André Palmeira (baixo) e Maurício Barros (teclado), ambos da formação original do Barão Vermelho, (aquela que tinha Cazuza nos vocais). O set list contemplou canções próprias e de terceiros, repaginadas em versões que poderiam até deixar velhas conhecidas irreconhecíveis (como a versão “frejatiana” para “Pra começar”).

Nosso encontro aconteceu como eu imaginava
Você não me reconheceu, mas fingiu que não era nada
Eu sei que alguma coisa minha, em você ficou guardada
Como num filme mudo antes da invenção das palavras

Afinei os meus ouvidos pra escutar suas chamadas
Sinais do corpo eu sei ler nas nossas conversas demoradas
Mas há dias em que nada faz sentido
E o sinais que me ligam ao mundo se desligam
(...)


Com o Barão, Frejat já recebeu quatro prêmios Sharp “Melhor Grupo Pop/Rock” (em 1990, 1992, 1994 e 1996), um Vídeo Music Brasil além de uma indicação ao Grammy Latino. O álbum apresentado aqui no Recife é o terceiro trabalho individual dele, que já gravou “Amor pra recomeçar” (2002) e “Sobre nós dois e o resto do mundo” (2003).

Ademais, o The Pub, bar-boate onde aconteceu o show, é organizadinha, honesta e garantiu uma noite agradável (até a hora da saída, quando uma fila estranha atrapalhou tudo). O show correu na paz, mas chamando um lado “Fernanda Young”, digamos que eu ainda me irrito com fãs descabeladas e gente cara-de-pau que se acha no direito de sair empurrando todo mundo e estaciona bem na sua frente.


Em tempo: Estou arrasada por que não fiz o texto logo depois do show e perdi o “time” da coisa. Também não levei uma máquina decente para registrar e acabei tendo que me conformar com as fotos fubentas do celular. Promessa de que não faço mais isso.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Para continuar pensando

Eu entrei atrasada nessa história, mas fui atrás da repercussão. E olhaí o depoimento da Dra. Ana Flávia Pinto sobre o episódio do aeroporto de Aracaju:



Eu posso apostar que se a cena do aeroporto não tivesse sido gravada e postada no youtube (de onde já foi retirada por "violar as normas de uso") já tinha virado fumaça. Outra: tento, mas não consigo me comover com o depoimento da doutora aí. Imagine se todo mundo que esteja passando por "momentos difíceis" da vida ou que tenha planos frutrados se ache no direito de xingar terceiros? O negócio ia ficar bom de vez...

Bem, fora a historia que está no vídeo da postagem anterior, há informações que dizem que o funcionário da Gol, Diego José Gonzaga dos Santos, ainda ouviu da passageira que perdeu o voo: “eu sou médica e você, se dependesse de mim, morreria”. É bom o Conselho de Medicina de Sergipe ficar de olho nesse tipo de médico e dar uma revisada no juramento de Hipocrates, que, parece, não serve mais de nada.


RESUMINDO

"Segundo depoimento da vítima na delegacia plantonista, a médica Ana Flávia e o marido iriam viajar em lua de mel em um dos voos da Gol para a Argentina, mas a passageira chegou para fazer o check-in 10 minutos antes da partida da aeronave e o embarque já estava encerrado. O check-in de voos internacionais é feito duas horas antes do horário previsto de saída. O Boletim de Ocorrência, registrado preliminarmente na Delegacia Plantonista relata que a médica teria invadido o espaço destinado aos funcionários da companhia aérea após ser informada de que não poderia embarcar. “Ela gritou bastante e ficou descontrolada quando informei que o embarque já estava encerrado e a aeronave iria decolar. Essas regras são estabelecidas em todo o Brasil e não podemos abrir mão. A partir disso, ela passou a quebrar objetos do balcão da empresa e a jogar papéis no chão”, relata o funcionário."


Em entrevista, a delegada Georlize Telles disse que a Polícia Civil sergipana já instaurou inquérito para apurar os fatos e garantiu que todas as providências vão ser tomadas.  "Queremos tranquilizar a sociedade e dizer que tudo será apurado com isenção”, garante Georlize.

Engraçado... não consigo ficar tranquila.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Para parar e pensar

Há coisas que acontecem até hoje que provam o quão primitivos ainda somos, mas a que mais me incomoda é a intolerância religiosa, racial, sexual... enfim. Qualquer babaquice dessas.

Recebi um vídeo por e-mail, uma matéria de telejornal que trata justamente disso. Uma cena lamentável de intolerância. Nesse caso, eu diria, é uma cena crassa de ignorância.

É muito preocupante que esse tipo de coisa ainda aconteça.
Por favor, assista e, se possível, mande sua opinião.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Clarice de “modernismo remodernizado”

Hoje é “aniversário de morte” (!) de Clarice Lispector, que deixou essa terra em 9 de dezembro de 1977. Particularmente, me identifico muito com suas falas – ela é, das mulheres da literatura, aquela por quem tenho mais apreço. Não desmerecendo Raquel e Cecília (de Queiroz e Meireles, respectivamente), mas por conseguir compreender “profundamente” melhor as palavras de Clarice do que o regionalismo e as efemeridades das outras (respectivamente). Clarice se auto declarou impulsiva, certa vez. Muitas vezes, eu também o faço. 

Aliás, a simples afirmativa de “identificar-se com Clarice” é pequena e vasta. Pequena, por que “ser” o que Clarice escreve é muito fácil - no fim das linhas, acabamos nos mesmo lugares, com os mesmos anseios e os mesmo medos. “Vasta” é uma tentativa frustrada de descrever a grandiosidade do que ela foi capaz de (d)escrever, embora ainda acredite que o predicado seja simplório demais para coisa tão grande.
Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.

Clarice morreu aos 57 anos incompletos, um dia antes do seu aniversário. Nasceu Haia Lispector, na Ucrânia, em 1925, mas veio morar no Recife bem cedo. Viveu aqui durante toda infância, até mudar-se para o Rio de Janeiro. No centro da cidade, temos uma estátua dela, na Praça Maciel Pinheiro. Inclusive, me bateu agora a curiosidade de saber como anda o estado da tal pedra. Dia desses, passo lá na praça para averiguar e ainda registro foto melhor do que esta, que foi a única que encontrei no Google. Aproveito também para fotografar e identificar (não nessa ordem) o prédio onde viveu a escritora e jornalista, que fica na esquina da praça com a Travessa do Veras.



"Pedra" de Clarice, na Praça Maciel Pinheiro, aqui no Recife

Não vou me perder mais falando da biografia de Clarice, já que dados e comentários sobre isso se encontram aos montes em qualquer simples busca. Mas uma coisa que li aqui me chamou atenção: Em 2005, em artigo publicado pelo The New York Times, Clarice foi “descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana” (ou latinoamericana?) por Gregory Rabassa, que traduziu a obra da “ucrano-brasílica” para o inglês.

E outra: em 14 de setembro, Clarice dormiu enquanto fumava e causou um incêndio que deixou seu quarto ficou totalmente destruído. Com inúmeras queimaduras pelo corpo, passou três dias sob o risco de morte — e dois meses hospitalizada. Quase tem sua mão direita — a mais afetada — amputada pelos médicos. Dizem os registros que o acidente mudou totalmente a vida de Clarice. Eu não sei o quanto, mas já me interessei em procurar. Lembrem-me, por favor.

Há um tempo, ganhei um exemplar de “A descoberta do mundo” que, confesso, ainda não li. Não sei exatamente de quem ganhei, mas sei exatamente o porquê: era um dos livros preferidos de Cazuza. A pessoa que me deu decerto me conhecia bem.

Sugiro àqueles que gostam de Clarice [e àqueles que ainda não tiveram o prazer de conhecê-la], que acessem o sítio www.claricelispector.com.br. Ali, ganhe dez minutos lendo o artigo escrito por Tristão de Atayde:

No seu último livro, em dedicatória escrita um mês antes de morrer e que recebi, no próprio escritório de seu último editor, José Olympio, essa mulher atormentada terminava suas palavras de afeto, ao seu primeiro editor, com essa sentença literal que tudo explica: “Eu sei que Deus existe.” Sua trágica solidão teve também um Companheiro. (leia na íntegra clicando aqui)






BELA CLARICE 
“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Já não era sem tempo

Recebi uma nota da assessoria da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), sobre a reabertura do Cinema São Luiz, adiada do dia 9 para 28 de dezembro (por "incompatibilidade na agenda do governador Eduardo Campos). "A escolha da nova data é simbólica: marca a primeira exibição cinematográfica dos Irmãos Lumière, conhecidos como os pais do cinema, em 1895. A exibição inaugural do São Luiz continua sendo a do filme Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas".

Já não era sem tempo!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Enem, a piada do ano

Eu vou dizer a você, hoje, caro brasileiro que me lê, o que é uma palhaçada bem feita, com circo armado e tudo. Hoje, 6 de dezembro, essa palhaçada chama-se Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Sim, com certeza você vai se cansar de ler desagravos a partir de hoje, mas preciso registrar aqui o que vi desde o mês de outubro.

Primeiro, tudo que é de aluno, de norte a sul, ficou sabendo que o Enem viria com mudanças. Aí corre menino, corre professor, corre todo mundo pra reorganizar as coisas. Tudo feito nas coxas, sem respeito àqueles que estão começando a vida e precisam, sim, de segurança para fazer escolhas. Enfim, vamos deixar a pedagogia de lado.

Segundo, o Enem é um concurso cuja primeira organizadora responsável não passou por licitação. Até aí, nenhuma novidade nesta merda de país. Mas aí, fato inédito (pelo menos no Enem): a prova vaza. Corre MEC, corre ministro, corre todos os otários brasileiros pra saber o que houve: um zé mané qualquer entrou, pegou a prova e saiu na boa. Burro, ainda ligou pro Estadão, tentando "vender" a prova. Burrice mesmo... quer furo maior pra um jornal do que o vazamento desse tipo? Ladrão burro!!!

Aí, a prova que ia ser em outubro, passa pra dezembro. Pronto, instaurado o samba do crioulo doido. Federais mudam datas, federais recusam nota do Enem e os estudantes, pobres coitados, que se virem pra resolver o duelo pressão x zona. Né? Desculpe-me, mas esse é o único nome que eu consigo encontrar pra descrever.

Mas no final, vai dar tudo certo. Ânimos acalmados, nova data marcada e vamos em frente. Aqui eu entro:

Estou de gaiata nessa, já que já sou formada há um ano e meio, mas queria cursar Letras. A UFPE não abre ingresso para portador de diploma para este curso há tempos, então tive que me virar no vestibular, 9 anos depois de ter feito o 3º ano.

Aqui no Recife, não temos o horário de verão (assim como no restante do NE e N do País). Então, veja que maravilha. Sábado, 5 de dezembro, sol escaldante do meio-dia: dia, data e hora da primeira prova do Enem. Imagine você o que é uma prova de 90 questões (que reúnem biologia, química, física, geografia e história) com textos longos, na hora do almoço? Junte aí o calor infernal que faz aqui no Recife (imagine Teresina e São Luis, que são ainda mais quentes) com uma sala suja e a cadeira quebrada de uma escola pública estadual (isso explicaria a evasão escolar?). O sol era tanto que batia no teto da quadra da escola e refletia dentro da sala, deixando todo mundo cego. Resultado: janela fechada e ventilador. Ma.Ra.Vi.Lha!

Corri e consegui ler a prova toda e pensar (olha, que ótimo!), mas não sem reclamar com os dois caboclos que faziam papel de "aplicadores" de prova e conversavam animadamente dentro da sala enquanto eu tentava desenterrar vestígios de química orgânica da época do Salesiano (salva, Ernani!). Pedi silêncio, né? Óbvio!

Hunf...

Sim, mas bom mesmo foi hoje, domingo, dia 6 - português, redação e matemática (minha maior inimiga). De novo, 90 questões (mais a redação) para serem resolvidas. Olhe, nem que seja pra me desmentir, entre no site do Inep e veja com seus próprios olhos a prova absurda de matemática. Uma coisa de louco! Ninguém, em todo Brasil, deve ter conseguido fazer a prova toda. Chega uma hora que, ou você sai chutando tudo, ou não vai ter tempo de marcar gabarito... (marcar gabarito, lembra? riscar as bolinhas...). Eu não consegui ler a prova de matemática toda, mesmo tendo feito a redação em 25 minutos (ser jornalista TEM que servir pra alguma coisa). 

Mais: 45 questões de português e NENHUMA de gramática! Acentuação e pontuação, então, nem se fala...

Para completar, a confusão se armou agora há pouco no site do G1, que tinha aberto link pro pessoal fazer comentários sobre a prova. Acho que o negócio lá pipocou quando o MEC divulgou gabaritos ERRADOS! Confundiu tudo. Tinha resposta dizendo certa alternativa que dizia que o vírus da Aids é transmitido por animais. Eu quase infarto achando que tinha emburrecido de vez.

Bem, esse é o desabafo deste domingo. Uma falta de preparo imperdoável do Ministério da Educação, que só ratifica o buraco onde estamos, cada vez mais fundo. E estamos, meu caro, num país onde não se respeita nada. Nada!

Agora eu to querendo saber onde isso tudo vai parar. Olha só o que divulga o G1:

Segundo o ministério, os gabaritos foram embaralhados e saíram trocados. Ao menos seis questões estão com problemas na resposta.
(...)

"O que aconteceu foi muito ruim. A alta abstenção já mostrou que a prova ficou desmoralizada. Esses problemas no gabarito reforçam a visão de que a prova foi feita sem a estrutura adequada. O Enem acaba virando um motivo de chacota", disse coordenador do Curso Etapa, Edmilson Motta.




Bora, Haad! Agora põe a cabeça pra fora de Brasília e vem logo resolver isso!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Filme Michael Jackson sai dos cinemas com 250 milhões de dólares em bilheteria


A Sony Pictures divulgou nesta quinta-feira (3) os números finais da bilheteria do filme de Michael Jackson, This is it. Desde sua estreia no final de outubro, mais de  250 milhões de dólares foram arrecadados pelo mundo após quatro semanas em cartaz. As altas cifras também tomam conta do estúdio, que anunciou arrecadação recorde de 3,4 bilhões de dólares até agora este ano.

Previsto para ficar apenas duas semanas no cinema, This is it, montado sobre os vídeos do ensaio de Michael Jackson para a interrompida turnê em Londres, ganhou mais 15 dias em cartaz, devido ao sucesso nas bilheterias. Em 2010 um DVD com mais de duas horas de extras do filme será lançado.

Os recordes bilionários da Sony Pictures tomaram forma também com os sucessos como "2012", ainda em cartaz e que já rendeu 620 milhões de dólares em todo o mundo, o thriller "Anjos e Demônios", a ficção científica de sucesso inesperado "Distrito 9" e o blockbuster repleto de ação "O Exterminador do Futuro: A Salvação".

PS: Algum duvidou que isso fosse acontecer?

PS2: Segundo um provérbio italiano, "quando mil pessoas dizem a mesma coisa, pode ser a voz de Deus ou uma grande besteira". O negócio é fazer diferente. Sempre.
Taí Michael pra comprovar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Intimidades bem comuns


Na minha vida de companhias majoritariamente masculinas, ainda me surpreendo com as atitudes de alguns homens. Meu namorado, aliás, é mestre nisso. Quando penso que decifrei a peça, ele me vem com algo diferente e eu recomeço a saga da esfinge. Afinal, com os homens sempre é assim: ou nós, mulheres, os deciframos, ou eles nos devoram (figurativamente! Calma...).


Posts atrás, falei da coluna "Nossa Intimidade" do jornalista Ivan Martins, de Época. Agora, volto a dizer que virei fã do homem – ora, ora, ora. Nada muito inimaginável de acontecer, mas algo, de fato, curioso. Apesar de viver com eles, poucas vezes penso como eles. Entendo, mas discordo de opiniões e condutas na maioria das vezes, já que homens tendem a querer ser racionais e conseguem ser totalmente passionais. Tenho também um bom exemplar desses: meu pai, que vez por outra, mete os pés pelas mãos e faz uma daquelas.


Sim, mas voltando aos textos de Ivan. São curiosos. Às vezes eu acho graça. Outras, fico surpresa ou ainda me identifico com o que ele fala. Dá sensação de que não só todos os homens são iguais, mas todas as mulheres também. Todo mundo é igual, gente? Será?

Bem, deixando firulas de lado, selecionei alguns trechos de postagens de Ivan, pra você entender do que eu estou falando:

1.       OS HOMENS SÃO COMPLICADOS

Alguém decretou, faz tempo, que o gênero de Adão, quando se trata de sexo, é uma expressão matemática sem incógnita: diante do estímulo apropriado (um beijo na boca, a vista de um decote, uma conversa apimentada), espera-se que os machos da espécie se comportem de maneira previsível. (5/5/09)


2.      COMO SER HOMEM

(...) Homens crescem para ser valentes, altivos, independentes, viris. Cada um de nós carrega ao alcance dos olhos a imagem de um herói que tem de ser imitado. Quando as nossas ações nos afastam do modelo, – como é inevitável que aconteça – sofremos como o diabo, de um sofrimento difícil de compartilhar, inteiramente subjetivo, carregado de humilhação. Nos sentimos menos homens.

O que as mulheres precisam saber sobre isso? Basicamente, que elas jamais compreenderão inteiramente nossos códigos de honra e de conduta e a importância que eles têm para a nossa auto-estima – assim como nós não podemos partilhar aspectos essenciais da existência feminina, como a maternidade. Essa é uma zona escura das emoções masculinas com a qual os próprios homens têm dificuldade de lidar – e que há décadas vem sendo recheada com lixo pela chamada indústria cultural. (13/5/09)



3.      QUEM GOSTA DE HOMEM CIUMENTO?

Ontem li um artigo da Newsweek que esbarra no tema do ciúme. Há uma escola de pensamento chamada de Psicologia Evolucionista que sustenta que o ciúme - assim como o estupro e o infanticídio - seria herança da nossa longa evolução desde as savanas africanas.
Ao longo de um milhão de anos, a natureza teria aprimorado um "gene do ciúme" - para impedir que o macho fosse traído e perpetuasse a descendência dos outros - e ele continuaria funcionando ainda hoje, como um nódulo troglodita no meio do cérebro moderno.

O artigo da Newsweek demole esse álibi. Mostra que o cérebro humano não evoluiu por nódulos de pré-programação. Ele se adapta livremente ao ambiente que o cerca. Em nosso caso, à cultura.

(1/7/09)


Esses são apenas alguns trechos interessantes dos muitos textos interessantes da coluna. O assunto rende. Mas vamos em frente...

NOSSA VITÓRIA

Do site da Fenaj, com informações da Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado


PEC dos Jornalistas é aprovada na CCJC do Senado


 A PEC 33/09, que restitui a exigência do diploma de jornalista, foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta quarta-feira (02/12). Na semana passada o presidente do Senado, José Sarney, prometeu a dirigentes sindicais dos jornalistas que se empenhará na agilização da tramitação da matéria. Representantes da FENAJ reunem-se ainda nesta semana com a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma para definição dos próximos encaminhamentos.

A apreciação da matéria na CCJ começou às 11h, com pronunciamento de vários senadores. Posta em votação às 14h15, a PEC 33/09 foi aprovada por 20 votos contra dois. Posicionaram-se contra apenas os senadores Demóstenes Torres (DEM/GO) e ACM Júnior (DEM/BA). A matéria agora segue para apreciação em plenário.

“Os patrões vieram para a disputa e jogaram pesado”, conta o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Prova disto foi o acompanhamento da reunião da CCJC pelo próprio presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Daniel Slaviero, que, antecedendo os debates, fez um corpo-a-corpo junto aos parlamentares, inclusive distribuindo panfleto da entidade.

Para Murillo, a presença de representantes do empresariado reforçou o que a FENAJ já vinha apontando, que a questão do diploma não está ligada às liberdades de expressão e de imprensa, mas sim às relações trabalhistas entre empregados e patrões. “Foi mais uma vitória importante do movimento pela qualificação do jornalismo”, disse o presidente da FENAJ. “Mas ainda temos muito trabalho pela frente”, completou, controlando o tom comemorativo de outros dirigentes da entidade e de Sindicatos de Jornalistas que o acompanhavam.

Nesta semana deve ocorrer, ainda, uma reunião entre os autores e relatores das PECs que tramitam na Câmara dos Deputados e do Senado, juntamente com a coordenação da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma e com dirigentes da FENAJ. A o objetivo da reunião é estabelecer ações para que a tramitação das matérias avance ainda mais em 2009.

Agilizar a tramitação
Em visita ao Senado no dia 25 de novembro, diretores da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do Ceará, município do Rio de Janeiro e de São Paulo foram recebidos pelo presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB/AM). O presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, pediu o apoio de Sarney ao restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional. O parlamentar assumiu o compromisso de agilizar a tramitação da matéria no Senado.

Sarney lembrou seu ingresso no Jornalismo, aos 17 anos, como repórter dos Diários Associados no Maranhão, e manifestou-se favorável à causa, mas ressalvou que não é favorável "a exageros", referindo-se à preocupação do Supremo Tribunal Federal (STF) em preservar a liberdade de expressão. Os representantes da categoria esclareceram que a posição da categoria é flagrantemente a favor "da livre manifestação da opinião na imprensa". A figura do colaborador, do especialista que escreve sobre a área de seu conhecimento, é permitida pela regulamentação da profissão, explicaram.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Verdades musicadas

Às vezes eu fico pensando na vida
E, sinceramente, não vejo saída
Como é, por exemplo, que dá pra entender?
A gente mal nasce, começa a morrer

Depois da chegada, vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação
(...)