sexta-feira, 29 de setembro de 2006

E na sexta...


“Mude. Mas mude devagar, por que a direção é mais importante que a velocidade”
Clarice Lispector
--------------------------------------------------------------
98 dias...

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Eu fui, eu era, eu Sou...

Um dia eu pensei que sonhos eram aquelas coisas que eu “assistia” durante o sono.
Também pensava que o corpo humano era inflamável. Perguntava à minha mãe: “Não é verdade que a gente pega fogo?”
Um dia eu questionei a existência do sol - “Mainha, pra quê tem sol?”
Também achava que Papai Noel existia, e ficava preocupada em como ele faria para passar pelas grades da janela do meu quarto. Ele sempre deu um jeito.

Eu também tinha o péssimo hábito de confiar nas pessoas, e como foi duro deixar esse vício. Vez ou outra tenho uma recaída.
Eu dizia que queria ser professora por achar que seria muito divertido... Achava que poderia mudar o mundo com isso. Talvez pudesse.
Amava as minhas bonecas, e me considerava a melhor mãe do mundo. Mas também me achava a melhor irmã da minha única irmã; a melhor filha mais velha da minha mãe; a melhor amiga da minha melhor amiga.
Eu achava que de qualquer plantinha que crescia no jardim se podia fazer um chá milagroso que curaria a gripe da minha irmã. Vovó dizia que meus remédios eram do tipo “se não matar, cura”. Cheguei a cogitar que a cura para a AIDS poderia estar em uma pedra.

Era desastrada. Comia casca de lagosta e me engasgava. Comia chocolate demais e passava mal. Ia para a praia e voltava com 20 patas de ouriço cravadas nos pés... quebrava o abajour de vovó, os bibelôs da minha tia. Uma vez joguei um coco na cabeça da minha prima mais velha, só pra me vingar.

Todo mundo dizia à minha mãe que eu precisava de terapia, de internação, de um colégio interno. Certa altura, eu me julguei gênio por isso, já que dizem que todos eles são incompreendidos. A psicóloga me diagnosticou “uma criança ativa, mas normal’.

Deve ser por isso que hoje não suporto coisas normais, pessoas normais, dias normais. Mas não sou mais a mesma, o que pode representar uma grande perda... isso só saberei mais pra frente.

Continuo pensando sobre os meus três questionamentos: um lugar, um pensamento e uma pessoa...
Preciso de mais um tempo para me decidir.

E que os astros conspirem ao meu favor. Essa semana eu vou precisar!!

domingo, 24 de setembro de 2006

Ronda

Paulo Vanzolini

De noite, eu rondo a cidade, a te procurar, sem encontrar.
No meio de olhares, espio
Em todos os bares, você não está.

Volto pra casa abatida, desencantada da vida,
O sonho alegria me dá, nele você está.

Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse,
esse alguém me diria:
Desiste, esta busca é inútil,
eu não desistiria.


(...)

Tirei a parte trágica da música. Domingos não precisam de mais depressão.

E se você pudesse:
Ter um pensamento qualquer?
(...)
Conhecer um lugar qualquer?
(...)
Escolher uma pessoa, que não seria uma qualquer?
(...)

Eu fico pensando nisso...
Enfim!

----------------------------------------------------------

Adjetivo perfeito: MAGNÉTICO
Eu achei mágico e combina perfeitamente. Fui procurar no sr Dicionário e ele, com toda sua sapiência...

do Lat. magneticu
adj.,
relativo ao magnete ou ao magnetismo;que tem as propriedades do magnete;

Fig.,
encantador; atraente.

campo -: espaço que rodeia um objecto magnético ou um circuito eléctrico onde se registam acções magnéticas;
força -a: força de atracção ou repulsão exercida por um campo magnético num pólo magnético ou numa carga eléctrica;
fita -a: dispositivo de armazenamento de informação, sob a forma de uma fita de material flexível, na qual, mediante a magnetização selectiva de partes da sua superfície, se codifica informação que pode ser lida electronicamente (profusamente utilizada em sistemas de áudio e vídeo, em cartões de crédito, etc. ).


Blá, blá, blá...

Eu amo os sentidos figurativos. São os que melhor interpretam meus termos...

----------------------------------------------------
Domingos, saudades.
E hoje eu tento voltar ao vício de amar.
É o fim!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Eu e eu

Eu não gosto de ser contrariada.
Tenho percebido isso ultimamente e assumo mesmo. Não dá...
Não adianta tentar controlar, tentar ser compreensiva. Eu não me convenço a desistir do que tinha planejado, tampouco existe alguém que possa me convencer. Eu perco a graça, perco o humor e fico com raiva. Muita raiva.
Mas isso não é bom, é péssimo. Essa mania horrorosa de querer que todos os seus planos se concretizem me aborrece duplamente. Primeiro por que pra mim é super difícil de aceitar ser contrariada (principalmente quando eu sei que estou certa, ou acho que estou); segundo por achar essa minha atitude ridícula!!

Eu não sou fácil. Isso também me aborrece!!


E nos jornais...
Erros acontecem. Hoje saiu no Diario que uma mulher, em Sorocaba/SP, deu entrada no hospital para operar o tornozelo e acabou tendo o útero operado. Acordou e levou o maior susto quando percebeu que o tornozelo estava intacto...

Fraseando
"A família: uma espécie de destino ao qual é impossível escapar."Luchino Visconti (realizador do cinema italiano no século XX)

Família? Às vezes eu me pergunto para quê serve.

Falei com Mariana ontem. Ela pegou o telefone e disse com aquele sotaque engraçadinho “Tati, eu quero tu” – e começou a chorar.
É de cortar o coração...

Hoje eu vou ver Ney. Eu e ele...
O ingresso foi caro e eu pensei mil vezes antes de resolver comprar. Ninguém topou a empreitada. Uns por não gostarem “daquele gay se contorcendo todo”, outros por não conhecerem as músicas, outra por não estar disposta a pagar tanto.
Depois da aula, hoje, lá vou eu pro Centro de Convenções, torcendo para que valha a pena.

Hoje eu estou muito chateada!
Fui contrariada...


O que se faz com a vida quando nada parece dar certo? Acaba-se com ela? Talvez. Eu já tive vontade, tenho vontade.
Embora ela sempre mereça uma segunda chance.
Ney canta, exatamente agora: “... que a vida vale a pena...”
Ele deve estar certo.

Não tem música hoje.
Hoje eu não amo ninguém. Queria amar ninguém pra sempre. Vou tentar!

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Antonio Nóbrega

O baixinho vai se apresentar de novo. Na última vez em que fez shows no teatro da UFPE, eu tive o prazer de ir vê-lo. O espetáculo “Nove de frevereiro” (que, diga-se de passagem, faz jus ao substantivo creditado) é uma aula de cultura recifense e de fôlego. Nas quase duas horas de apresentação, Nóbrega saltita, dança, canta e toca rabeca, num relance de vigor que me fez invejar sua boa forma em detrimento ao meu excesso de peso e preguiça assumida.
Recordo-me do um baita “negão”, com mais ou menos dois metros de altura, que dançava frevo com um guarda-chuva daqueles pretos. Seria uma cena bizarra, não fosse a magia dos seus movimentos. É a cadência do frevo... “filho único de Pernambuco”.

Fraseando...
“Meus pensamentos costumam passear por lugares mais interessantes que o guarda roupas”

Meryl Streep, a editora Miranda de O diabo veste Prada, em entrevista à Elle.

Musicando...

Idade do Céu

Paulinho Moska

Não somos mais que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só na idade do céu
Não somos o que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo com a idade do céu

Calma, tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade que a idade do céu
Não somos mais que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do Sol no jardim do céu

Não damos pé entre tanto tic-tac
Entre tanto big-bang
Somos um grão de sal no mar do céu

Calma, tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade que a idade do céu
A mesma idade que a idade do céu

Oh... Calma, tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade que a idade do céu
A mesma idade que a idade do céu

Calma, tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade que a idade do céu
A mesma idade que a idade do céu
A mesma idade que a idade do céu

(De novo com os créditos de bom gosto do rapazinho mais amado desse mundo. O mais doce, o mais perfeito e o mais lindo... não é, Luquinhas??)

-----------------------------------------------------

106 dias!

Entrevista com a sra Lucinha Araújo agendada!!!

Te amo! te amo "do umbigo"!

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Eu perco o sono...

Sou obrigada a concordar.
A comida já foi das melhores, embora a companhia tenha sido incomparável.
Hoje eu esqueci do hamburguer e, embora aquele suco de laranja estivesse quente, eu me senti mais leve.
Conversar hoje foi diverente de ontem. Hoje não há pudores. Ontem houve cuidados, embora haja desejos incontroláveis... Corrijo-me: terrivelmente contidos.
Procuro não me envergonhar deles, mas me calo.
Descobri que não me sinto "atônica", mas me faço "atônita" para não me entregar.
Escutava e sentia Orlando cantar... outro momento incrível.

Discordo.
Se há a teoria que o tempo esmorece o interesse nas palavras e na companhia, eu discordo. E provo. Canto, falo, morro de rir e fico envergonhada com questionamentos. Passo tardes pensando e vou dormir refletindo sobre sua vida. Torço que dês certo, acredito em tudo o que dizes e me sinto sufocada com aquilo que guardo.
Cantarolo a mesma música por semanas. Lembro-me de frases por meses. Aprecio o sorriso pra sempre.
E só tenho a vos agradecer por tudo isso...

Eu preciso dizer que eu te amo
Cazuza

Quando a gente conversa contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer, me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto


E até o tempo passa arrastado só para eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor, se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero ser o teu amigo
É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto


Eu já não sei se eu tou me estourando
Ah, eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando a abrindo a geladeira a noite inteira

É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto...

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Topificando pensamentos

1. A minha escrita:

- Meu professor de Redação II falava dela como algo complexo, mas envolvente. Daí tiro meus fracassos em teste para jornais. Ou suavizo esse vocabulário, ou mudo de profissão.
- Minha chefe a acha divertida e criativa. “Parece muito com o que você é”, disse, sem muito conhecimento de causa.
- Meus pais – bem, esses não contam.
- Há quem diga que quando eu escrevo mostro aquilo que quero além daquilo que quero esconder. Pensando nisso, fico com a sensação que a minha escrita me traí, me delata. Leio o passado e percebo que é verdade.
- Há quem chore. Isso já meio que desmente minha chefe, então. Não deve ser tão divertido.
- Eu a tenho como um desabafo. Poucas vezes releio meus textos, mas na hora em que os estou escrevendo, me bastam para aliviar. Contento-me em conversar comigo mesma, na falta de alguém que consiga me entender melhor.

2. Aos meus olhos...

- Tudo tem jeito, apenas algumas pessoas são indissolúveis ou, como me explicou meu pai um dia, “emocionalmente burras”. As coisas não são totalmente ruins, mas podem se tornar totalmente boas, basta um pouco de esforço pra isso.
- Otimismo é estado de espírito, assim como a felicidade. Você decide por ele agora. Tem que ser já, por que tentar programá-lo mais pra frente é pura perda de tempo. “A felicidade é um estado imaginário”, então, imagino-me.

3. Considerações

- Com ajuda da minha imaginação "prodigiosa", não preciso de qualquer artifício para lembrar-me. Pensamentos constantes...
- Li algo intrigante essa semana. Era mais ou menos assim: “Não tenho muitas certezas e estou sempre muito ocupado para pensar sobre mim”. Pareceu-me um fardo pesadíssimo. É algo como pôr um saco com 50 kg de cimento nas costas e pôr-se a andar em círculos. O que você consegue com isso? Câimbras, dores insuportáveis nas costas e uma caminhada completamente sem sentido, já que te devolve ao mesmo lugar. Tudo isso por que, acredito, o que caiu no esquecimento foi o fundamental: você.

4. Explicações finais

- “Prefiro os desajustados noturnos ao tédio daquelas pessoas que não sabem amanhecer”.
- Ligações a qualquer hora, brigas homéricas, reclamações, dias de silêncio e as certezas. Companhia agradável, segredos confessos, pudores esquecidos, sonhos compartilhados, destinos unidos. Aí você contacta, racha a gasolina e escolhe o itinerário. Ama incontrolavelmente e sente que aquilo é pra sempre. Ah, a amizade... Entende? É apenas o início do caminho. Chegaremos além disso?

5. Poesias escolhidas

“Foi o primeiro que chegou / Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada / Também nada me cobrou
Relatou o meu passado / E as vantagens que ele tinha
Pouco sei como se chama / Mas conheço por que vinha
Foi chegando sorrateiro / E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro dentro do meu coração”

6. Musique-se

Eu: Lukikos, diz uma música boa, sem pensar mt!
Lucas: Não me deixe só...
Eu (pensando): Não, não deixo!

Não me deixe só

Vanessa Da Mata

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor

Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor

Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem, mas...

Mas não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só

domingo, 10 de setembro de 2006

DOWN ON ME...

Sábado, findou-se o Romantismo.
Essa semana, detenho-me ao Realismo... com doses de Naturalismo...

Não há dúvidas ou certezas. Presenças ou ausências...
Tudo é vazio, razoavelmente cheio.
Satisfaz, mas me deixa com saudades, como se faltasse algo. É pouco, mas aos meus olhos, é tudo.

Não. Não é tão difícil de entender. Fiquei até as 3h da manhã insone, pensando. Mas foi ótimo, já que no fim das contas, eu não cheguei à conclusão alguma...

"Pense" - dizia a mim mesma.
"Aja duas vezes antes de pensar" - falava-me uma voz musicada...

Enfim!

=====================================================

Down em mim

Cazuza e Frejat

Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nessas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão

Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar

E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
A versão nova, de uma velha história
E quando o sol vier socar a minha cara
Com certeza você já foi embora

Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou me esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer

Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down

sábado, 9 de setembro de 2006

FAZ PARTE DO MEU SHOW

Cazuza

Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor
Te levo pra festa e testo o teu sexo com ar de professor
Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom
E se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show
Meu amor...

Confundo as tuas coxas com as de outras moças
Te mostro toda dor
Te faço um filho, te dou outra vida
Pra te mostrar quem sou
Vago na lua deserta, nas pedras do Arpoador
Digo alô ao inimigo
Encontro um abrigo no peito do meu traidor

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show
Meu amor...

Invento desculpas
Provoco uma briga, digo que não estou
Vivo num clip sem nexo
Um pierrot, retrocesso
Meio Bossa Nova e Rock'n'Roll

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show
Meu amor... meu amor... meu amor...

---------------------------------------

Resta saber qual meu show.
Fazer promessas malucas... e que a vida seja um curto sonho bom...

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Vãs filosofias...


"Usamos as idéias apenas para justificar nossa maldade, e as palavras para esconder as nossas idéias."
Voltaire, filósofo francês



"É preciso abraçar a volúpia, fartar-se de prazeres e não ter medo da morte."
Joham Goethe

domingo, 3 de setembro de 2006

RITUAL


Cazuza

Pra que sonhar?
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado, calada
Calada...

Pra que buscar o paraíso, se até o poeta fecha o livro?
Sente o perfume de uma flor no lixo e fuxica
Fuxica...

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens,
Uma por uma, milhares de dias

Ao mesmo Deus que Ensina a prazo,
Ao mais esperto e ao mais otários
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário

Pra que chorar?
A vida é bela e cruel despida
Tão desprevinida e exata que um dia acaba... acaba.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Usando Kafka como exemplo...

Obra: O Processo

Resumo - crédito: Wikpédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Processo )

Conta a história de Joseph K., bancário que é processado sem saber o motivo. A figura de Joseph K. nos faz lembrar daquela pessoa que sofre sem que tenha dado motivo para isso. Embora Kafka tenha retratado um autoritarismo da justiça ao se ver com o poder nas mãos para condenar alguém, sem lhe dar chance para se defender, ou ao menos saber por que estava sendo punido; podemos levar a figura de Joseph K., bem como de seus acusadores, para vários campos da vida humana: trabalho (quem nunca se viu cobrado ou perseguido, sem que seus acusadores lhe dissessem em que estaria sendo negligente), religião (quem nunca se viu pego, de surpresa, como K., por um fanático encolerizado, dizendo que teríamos ferido às leis divinas, sem que nos dissessem por que), na escola (quem nunca se viu como Joseph K., ao ser críticado por seu desempenho, sem que soubesse em que havia falhado, não nota, mas crítica vaga, às vezes de colegas, às vezes dos próprios mestres).


A vida é, por vezes, injusta, certo?
Certo?
Errado...
Acho que eu que sou injusta. Você é também...

Passamos a vida toda reclamando do que nos falta. Não importa o que seja. Dinheiro, expectativas, planos futuros, sonhos, reconhecimento, amor... Julgamos os outros, nos julgamos. Nos culpamos por aquilo que almejamos ter ou ser e não conseguimos, mas acabamos esquecendo do que somos. Alías, não conseguimos enxergar a pessoa maravilhosa e única que nos tornamos.

É. Única!

Desistir? Jamais...

-------------------------------------------------------------------

Lágrimas e Tormentos

(Marisa Monte)

Lágrimas, tormentos
Quantas desilusões
Foram tantos sofrimentos e decepções
Mas um dia o destino a tudo modificou

Minhas lágrimas secaram
Meus tormentos terminaram
Foi uma nuvem que passou

Minhas lágrimas secaram
Meus tormentos terminaram
Foi uma nuvem que passou

E hoje a minha vida é um carrossel de alegrias
E como se não bastasse, estou amando de verdade
Me perdoa se eu me excedo em minha euforia
Mas é que agora sei o que é felicidade
Me perdoa se eu me excedo em minha euforia
Mas é que agora sei o que é felicidade


-----------------------------------------------------------

Outra sexta... oba!
Quem sabe um sol esse fim de semana??

-----------------------------------------------------------

Faltam 127 dias.
Uma pilha de livros para ler... tempo nenhum para eles.

------------------------------------------------------------

UMA PAUSA:
Pauta sobre complexos

Digo eu: Embora o dia esteja ótimo, eu não estou. Acho que não nasci para sentir saudades.
(daí, falo-lhe sobre meus complexos...)
Minha interlocutora: é vc quem tem que mudar o pensamento de achar:
1- que vc é gorda
2- que as pessoas vão gostar de vc se vc fosse mais magra
3- vc está subestimando as pessoas
Eu (surpresa): eu estou subestimando as pessoas?
Minha interlocutora: vc está achando que as pessoas gostam de vc pelo seu corpo, qdo na verdade, elas gostam de sua presença....de vc.

Realmente. Se a minha sábia interlocutora estiver certa (o que eu aposto), eu subestimo os outros...