1. A minha escrita:
- Meu professor de Redação II falava dela como algo complexo, mas envolvente. Daí tiro meus fracassos em teste para jornais. Ou suavizo esse vocabulário, ou mudo de profissão.
- Minha chefe a acha divertida e criativa. “Parece muito com o que você é”, disse, sem muito conhecimento de causa.
- Meus pais – bem, esses não contam.
- Há quem diga que quando eu escrevo mostro aquilo que quero além daquilo que quero esconder. Pensando nisso, fico com a sensação que a minha escrita me traí, me delata. Leio o passado e percebo que é verdade.
- Há quem chore. Isso já meio que desmente minha chefe, então. Não deve ser tão divertido.
- Eu a tenho como um desabafo. Poucas vezes releio meus textos, mas na hora em que os estou escrevendo, me bastam para aliviar. Contento-me em conversar comigo mesma, na falta de alguém que consiga me entender melhor.
2. Aos meus olhos...
- Tudo tem jeito, apenas algumas pessoas são indissolúveis ou, como me explicou meu pai um dia, “emocionalmente burras”. As coisas não são totalmente ruins, mas podem se tornar totalmente boas, basta um pouco de esforço pra isso.
- Otimismo é estado de espírito, assim como a felicidade. Você decide por ele agora. Tem que ser já, por que tentar programá-lo mais pra frente é pura perda de tempo. “A felicidade é um estado imaginário”, então, imagino-me.
3. Considerações
- Com ajuda da minha imaginação "prodigiosa", não preciso de qualquer artifício para lembrar-me. Pensamentos constantes...
- Li algo intrigante essa semana. Era mais ou menos assim: “Não tenho muitas certezas e estou sempre muito ocupado para pensar sobre mim”. Pareceu-me um fardo pesadíssimo. É algo como pôr um saco com 50 kg de cimento nas costas e pôr-se a andar em círculos. O que você consegue com isso? Câimbras, dores insuportáveis nas costas e uma caminhada completamente sem sentido, já que te devolve ao mesmo lugar. Tudo isso por que, acredito, o que caiu no esquecimento foi o fundamental: você.
4. Explicações finais
- “Prefiro os desajustados noturnos ao tédio daquelas pessoas que não sabem amanhecer”.
- Ligações a qualquer hora, brigas homéricas, reclamações, dias de silêncio e as certezas. Companhia agradável, segredos confessos, pudores esquecidos, sonhos compartilhados, destinos unidos. Aí você contacta, racha a gasolina e escolhe o itinerário. Ama incontrolavelmente e sente que aquilo é pra sempre. Ah, a amizade... Entende? É apenas o início do caminho. Chegaremos além disso?
5. Poesias escolhidas
“Foi o primeiro que chegou / Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada / Também nada me cobrou
Relatou o meu passado / E as vantagens que ele tinha
Pouco sei como se chama / Mas conheço por que vinha
Foi chegando sorrateiro / E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro dentro do meu coração”
6. Musique-se
Eu: Lukikos, diz uma música boa, sem pensar mt!
Lucas: Não me deixe só...
Eu (pensando): Não, não deixo!
Não me deixe só
Vanessa Da Mata
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor
Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor
Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem
Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem, mas...
Mas não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Nenhum comentário:
Postar um comentário