domingo, 3 de setembro de 2006

RITUAL


Cazuza

Pra que sonhar?
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado, calada
Calada...

Pra que buscar o paraíso, se até o poeta fecha o livro?
Sente o perfume de uma flor no lixo e fuxica
Fuxica...

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens,
Uma por uma, milhares de dias

Ao mesmo Deus que Ensina a prazo,
Ao mais esperto e ao mais otários
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário

Pra que chorar?
A vida é bela e cruel despida
Tão desprevinida e exata que um dia acaba... acaba.

Nenhum comentário: