terça-feira, 21 de novembro de 2006

O post duplo de hoje se justifica

Certo dia, acho que na semana passada, eu estava no MSN e, como de costume, meu nick tinha uma música (quem me conhece, sabe que a música é a única coisa que eu realmente amo). Dizia: “(...) não acredito em nada, não / até duvido da fé”.

Não, não era nada específico, eu simplesmente adoro Rita Lee (“Ritão”, como Lipe e eu gostamos de chamá-la). Bem, daí um dos meus amigos veio me questionar sobre a frase. O tom irônico da pergunta refletiu ironia também na resposta:

- “E só música, menino...”
- “Música?”
- “É, de Rita Lee”
- “Ah, pensei que você continuasse com aquela história de ser atéia”

É demais, viu? Odeio julgamentos. Eles não passam de preconceitos e são ainda mais perigosos quando se trata da tal “fé”. O referido amigo não é o único, já surpreendi muitos deles quando me assumi...
É... hum... .... ... ....
Poxa, nem eu sei como posso me definir agora. Atéia? Agnóstica? “Espiritual, mas não religiosa”?

Mas, o que isso importa? O problema não seria comigo e o chefe, lá em cima, “se ele existisse”, se ele existir...?

Enfim, eu estava lendo um blog bem legal hoje, o “Toques de Alma”. Acho que todo blogueiro acaba lendo blogs alheios, né não?
Se bem que eu acho que meu blog é muito alvo de gente curiosa. Pior é que os curiosos não sabe o que é um exercício hermenéutico, e depois, na cara-de-pau, vêm me pedir explicações sobre o que não conseguiram captar.

- “É uma energia muito grande... me explica”...

EU MEREÇO!!!

Ah, sim... o blog “Toques de Alma”. Elas fazem um quadro chamado “Chegou no outlook”, que traz uns textinhos fofinhos. O de hoje tem um quê especial, por que me parece irônico, mas eu cheguei a ficar com os olhos cheios de lágrimas.

É, eu sei. Não sou tão chata e abusada como pareço. Às vezes eu sou legal.

Leiam, sim?
Beijos a todos!

Eram aproximadamente 22h.
Um jovem dirigia de volta para casa. Imerso em reflexões, ele falou assim num impulso:
"Deus! Se ainda falas com as pessoas, fala comigo. Vou ouvir e farei tudo para obedecer".

Enquanto passava pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:
"Pare e compre um galão de leite".

O rapaz balançou a cabeça e falou alto: "Deus? É você?".

E como não obteve resposta, continuou no seu caminho para casa. Mas, novamente, surgiu o pensamento:
"Compre um litro de leite".
"Muito bem, Deus! No caso de ser você, eu vou comprar o leite. Mas isso não parece ser um teste de obediência muito difícil, eu sempre posso usar o leite..."

Ele parou, comprou o leite e retomou o caminho para sua casa. Quando passava pela Rua 7, novamente ele "ouviu":
"Vire naquela rua".

Isso é loucura..., pensou..e passou direto pelo retorno.

A sensação de que deveria ter virado na Rua 7, no entanto, persistia e, no retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. Entrando na brincadeira, ele falou alto:

"Muito bem, Deus. Eu faço, eu faço...".

Andou algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Brecou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência. Não era a melhor região da cidade, mas também não era a pior. As lojas estavam fechadas e a maioria das casas estava às escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado, cujas luzes permaneciam acesas. Novamente, ele sentiu algo:

"Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua".

Ele olhou a casa. Começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se.

"Senhor, isso é loucura! Como posso bater numa casa estranha no meio da noite?".

Mas a sensação de que deveria ir e dar o leite era forte e, afinal, ele abriu a porta do carro...

"Muito bem, Deus, se é você, eu vou e entrego o leite. Se você quer que eu pareça um louco, muito bem. Eu quero ser obediente. Acho que isso deve contar para alguma coisa, mas, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui".

Atravessou a rua e tocou a campainha. Pôde ouvir um barulho vindo e dentro, parecido com o choro de uma criança. E a voz de um homem soou alto:

"Quem está aí? O que você quer?"

A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir. Diante dele, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele tinha um olhar estranho e não parecia nada feliz de ver um desconhecido em pé na sua soleira.

"O que é?"

O jovem entregou-lhe o litro de leite.

"Comprei isto para vocês".

O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. Em seguida, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:

"Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o dinheiro não deu. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite..."

Sua esposa gritou lá da cozinha:

"Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite... Você é um anjo?"

O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem. Comovido e sem saber o que dizer, voltou para o carro... E naquela hora teve certeza de que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.

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Acho que se deus ou Deus existir, ele deve ser um anjo. Espero conhecê-lo um dia...

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