terça-feira, 31 de julho de 2007
domingo, 29 de julho de 2007
O resultado!
Especial para o JC
O cenário é composto por 20 televisores de tamanhos e cores diferentes, uma idéia do diretor Paulo de Moraes e da cenógrafa Carla Berri. “É nessa atmosfera que a personagem se apresenta ao público. O ambiente é claustrofóbico, sufocante, e reflete a solidão de Mariazinha, com quem as pessoas têm uma identificação imediata”, diz o diretor.
Na vida regrada e cheia de convenções da mulher, surge a figura do ladrão. “Minha personagem aparece como um anjo exterminador que entra em cena através de uma televisão e com revólver em punho, anuncia o assalto. Na verdade, ele vem assaltar as convicções de Mariazinha”, diz Eriberto Leão que já interpretou o papel de Jesus Cristo, em Nova Jerusalém, e atuou em novelas. O ator participa de chat hoje às 15h no JC OnLine.
O ladrão é um defensor da anarquia e da subversão, que não acredita nos caminhos convencionais para a felicidade. “De maneira cômica, ele bate forte na acomodação à rotina que todos temos. Aquela conversa de dormir oito horas, sair de casa com rumo definido e, na verdade, nem saber aonde se quer chegar. É o que eu chamo de ‘pseudo-fórmula da felicidade’”, diz o ator. Discutindo se o ladrão é real ou uma criação da mente solitária de Mariazinha, Eriberto defende sua personagem. “Pode ser dúbio, mas para mim ele é de verdade. Eu estou ali de verdade”.
A primeira montagem de Fala baixo senão eu grito é de 1969, com Marília Pêra no papel principal. Os quase 40 anos desaparecem diante da atualidade da história. “Quando decidi que era hora de fazer uma produção minha, em 2005, estabeleci que o texto seria de um autor brasileiro. Já era fã de Leilah, mas nunca tinha lido Fale baixo.... Não atualizamos porque foi desnecessário”, diz Ana Beatriz, também co-produtora do espetáculo, trabalho que divide com Eduardo Barata. A atriz tem formação teatral e atua em novelas. Já foi premiada com um Urso de Prata de melhor atriz, no Festival de Cinema de Berlim, pelo filme Vera, de Sérgio Toledo.
A turnê de Fale baixo senão eu grito começou no final de março e já passou por três cidades de Santa Catarina, além Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. A estréia no Santa Isabel acontece hoje, em encenação apenas para convidados, e está aberta ao público no sábado, às 20h, e no domingo, às 20h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Santa Isabel por R$ 50, inteira, e R$ 25, a meia-entrada.
Entrevista com o ator Eriberto Leão
Como o ladrão “transforma” as convicções de Mariazinha?
Ele é um defensor da liberdade absoluta, um iconoclasta. Mas a transformação é mútua. Ele também se transforma pelo amor que encontra ali. O meu personagem é um homem que não acredita nos caminhos convencionais para a felicidade. É adepto à anarquia e à subversão. O homem leva Mariazinha a uma viagem à uma outra realidade.
Que conceitos sociais você acredita que existam na personagem e no público que possam ser postos em xeque pelas posições do ladrão?
A acomodação diante da rotina. Todos os sonhos e desejos da sociedade, principalmente da classe média. A pseudo formula da felicidade. Seguir a vida naquele esquema de dormir oito horas por dia, sair com rumo certo. É como aquela música de Raul Seixas, que diz que “eu deveria estar contente”, mas “confesso, abestalhado, que eu estou decepcionado”. Nosso espelho do melhor é o pior (diz, referindo-se à política). Não temos coragem pra enfrentar regras que nos escravizam.
Nome da personagem
Ele é um ladrão. No texto, é denominado apenas de “homem”. Ele entra em cena através de um aparelho de televisão, com um revólver, e anuncia o assalto. Na verdade, ele vem assaltar as convicções de Mariazinha.
O ladrão passa um espírito real ou fictício? É criação da cabeça de Mariazinha?
É uma dualidade. Mas, pra mim, ele é de verdade. Eu estou lá de verdade. Ele é o que a gente pode definir de guia da mente dela. É um anjo exterminador de todas as convicções.
O que ele representa?
Um grito de liberdade entalado na garganta. Eu não concordo com os métodos dele, de usar a violência, mas somos violentados todos os dias, somos traídos todos os dias, e isso merece uma resposta à altura. Eu me sinto como se realmente falasse ao público brasileiro tudo aquilo que ele não enxerga. É um grito meu também.
Em que cidade se passa a peça?
São Paulo.
Você tem algo de Mariazinha?
Sim. Todos nós temos. Essa solidão e algumas “muletas” que usamos para disfarçar que somos solitários. Pra mim, somos sozinhos quando nos distanciamos na nossa lenda pessoal, da nossa vocação, daquilo que gostamos de fazer. Se não somos 100% nós mesmos, acabamos nos limitando ao que sobra dessa porcentagem.
Como você espera que o público sinta o seu personagem?
Espero que os pernambucanos prestigiem o meu trabalho. Já fiz o Cristo em Nova Jerusalém, um personagem marcante, que me fez criar laços com essa terra. Minha mãe e avós maternos são nordestinos. Espero que todos saiam, realmente, transformados.
O que há de diferente neste personagem em relação aos outros que você já fez?
Bem, ele é meu presente e o do país. Há uma sincronia de aspectos. O texto não é datado e isso o torna ainda mais atual. Esse é o ladrão que o povo brasileiro está precisando.
Como é trabalhar um texto de Leilah Assumpção junto com Ana Beatriz Nogueira?
É uma honra. Quando fui passar o texto, desejei muito o papel. É uma da maiores dramaturgas com encenação de uma das maiores atrizes do país.
O que representa a entrada do ladrão através da simbologia da tv?
A possibilidade de criação. O ladrão é agressivo, lúdico, oponente, violento. Não sei até que ponto podemos criar um paradigma se não formos violentos. Uma reação dos políticos, por exemplo, a alguém que quisesse mudar aquela realidade, seria de violência. Eles são uma classe de interesses.
Qual o espírito do cenário?
As telas mostram a total solidão de Mariazinha. É tanta que são necessários 20 televisores. Eles funcionam em sincronia conosco e traduzem os sentimentos.
Entrevista com a atriz Ana Beatriz Nogueira
1. Qual o perfil da sua personagem?
É uma mulher que vive muito sozinha em um quarto de pensão. Por fora, está caindo aos pedaços, mas por dentro, arrumado por ela. Assim é sua vida. Mariazinha arruma tudo para dar a si mesma a idéia de que está tudo bem, até o dia em que chega o ladrão e mostra pra ela que a vida não é bem assim. Ela é um projeto de gente que não deu certo. O ladrão põe em xeque todas as convicções de Mariazinha. Ela vive em uma solidão patológica, que se agrava cada vez que a programação da tv acaba.
2. A peça trata da solidão urbana. Como a personagem transmite isso?
Mariazinha se diz muito feliz. Diz que mora em uma cidade grande e tem muitos amigos. Ela diz isso ao público apontando para os televisores que compõem o cenário. É o que acontece com muita gente que resolve viver seu mundo e esquece de ir lá fora.
3. Qual a maior realidade que o texto trás e o público vai poder se identificar?
O fato de Mariazinha ser uma pessoa só. Isso representa muito a natureza humana.
4. Você tem algo de Mariazinha?
Tenho. Todos nós temos. Quantas vezes nos voltamos para a vida alheia, de um personagem, por exemplo, e esquecemos da nossa? Isso, talvez, por ser mais fácil do que encarar a nossa realidade.
5. Como é ser co-produtora da peça?
Essa peça é um projeto meu desde 2005. É uma maravilha, a oportunidade de fazer do meu jeito.
(A peça tem patrocínio do Banco Mercedes Bens e da Eletrobrás)
6. O que o público pode esperar da encenação do texto de Leilah Assumpção?
Muita diversão. É um texto inteligente, que fará as pessoas pensarem e se divertirem. Sobra uma reflexão para levar pra casa.
7. Como foi a escolha do texto?
Fui procurar um autor nacional (Ana já produziu, em parceria, “Leitor por horas”). Leilah é uma das escritoras que eu mais gosto e eu nunca tinha lido “Fale baixo...”. A peça foi encenada em 69, então fizemos uma atualização leve, mas mantendo o texto original em algumas peculiaridades, como a citação do Mapping (loja de depto que existia em SP). O cenário composto por televisores dá uma falsa idéia de companhia, de imagem, que temos hoje em dia pela tv e pelo computador.
8. O que você espera que o público sinta?
Que se identifique com a personagem para receber as “alfinetadas” do ladrão. E que precisamos de relação ao vivo. É bom lembrar isso...
9. Sobre a turnê
Começou em 31 de março, em Curitiba. Já passou por 3 cidades de Santa Catarina, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. Vem agora pro Recife e daqui segue para uma temporada no Rio, que começa em setembro. No começo de 2008, faremos São Paulo.
10. Sobre Eriberto Leão (também ator da peça)
É um excelente ator. Um parceiro maravilhoso. Fizemos uma leitura do texto e nos identificamos de imediato. É muito boa a parceria.
11. Sobre Paulo de Moraes (diretor da peça)
É um diretor de traços muito marcantes e peculiares. O cenário mostra isso.
12. Sobre a realização do espetáculo
Todas as vezes, antes de entrar no palco, eu fecho os olhos e agradeço pela oportunidade de realizar esse projeto.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
A esperança equilibrista sabe que o show de todo artista...
À um grande artista! E que os céus se alegrem com a sua chegada!
terça-feira, 24 de julho de 2007
domingo, 22 de julho de 2007
O vigésimo quarto 20 de julho!
Coisas da data.
Na redação, o povo bateu palmas, cantou, me deu abraços e mais um monte de apurações pra fazer. Coloquei o celular no silencioso para trabalhar em paz, mas depois imaginei a falta de educação que seria dispensar a atenção alheia e tentava ser o mais breve possível nos:
- ô, obrigada...
- é, 24...
- ÊÊÊ, brigada!!!!
- amém, vovó!
O dia teve pequenos aborrecimentos. Família, sinto, deve ter sido um erro de cálculo do criador. Algum tipo de teste, sei lá...
Meu pai combinou um almoço e talvez desmerecendo a importância da data, desmarcou. Salvadora, minha mãe almoçou comigo, em casa, e fez mais uma tarde divertida enquanto ouvíamos a nossa cozinheira falante “arrudiar” em estórias intermináveis enquanto eu partia sonhos de valsa® para o bolo de logo mais.
Entretanto, para se redimir, o tal criador nos deu amigos. E naquele dia eles se manifestaram de várias formas. Alguns, via telefone, outros por mensagens de celular. Alguns desavisados, via orkut.
Houve o que foi direto na redação só pra falar comigo e a que viajou e mandou um postal do lindo Rio, que chegou bem no dia certo!
Teve quem ligasse cedo, pensando que ia me acordar e aquele que ligou assim que acordou, ainda com voz de sono, com palavras amáveis e me chamando de todos os apelidos que ele mesmo inventou pra mim.
Na festa, teve um, de anos, que chegou antes de mim. E foram chegando outros.
Muitos de muitos e muitos anos e outros mais recentes.
Aqueles que dividiram colégio, faculdade, escritório, estágio, carro, comida, chiclete... O amigo mais antigo, de fraldas, que chegou carregando sabonetes com cheiro de mousse de morango.
Teve o amado “Mio”, sempre meu, com sua cara de manha e o melhor afago da noite. Um outro, que mora longe e há anos não nos víamos que me deu o ar de sua graça como presente, e aquele inconfundível abraço apertado.
-
O amado “Ptero”, companheiro de caminhadas, tropeços e brigas, que não pode faltar em nada.
O meu príncipe de “belos olhos”, que deveria ser meu irmão, mas talvez deus seja sábio demais para isso.
Meu fotojornalista mais querido, dono do jeito insuportável mais amado do mundo.
O caboclo de lança e sua cabeleira desalinhada e a amiga de confidências, que consegue sobreviver no meu mundo de amigos homens.
O pequeno sapo, que me fez adorar um simples sachê de catchup.
Uma manada de mamutes e a dona do reino, que chegou de surpresa e me presenteou com uma vassoura.
-
Meus amigos novos, que me fizeram vibrar de alegria com suas presenças. Jornalista, realmente, anda tudo junto, né? (Eu mesmo ameeeeei o martini).
O “avô dos meus netos”, como ele mesmo se denomina... que topou a jornada ao Ibura, para deixar em casa as “crianças de tia”. A mim, além da alegria daquelas carinhas amadas, eles deram uma pequena tartaruga, dessa vez macho, chamada Thomas. E quando eu, finalmente, depois de abraços, beijos, fotos, palmas e suspiros, sentei pra respirar, chega a última pessoa que eu esperava ainda ver naquela noite. E fechou.
Entre os da faculdade, os do colégio, do estágio, do escritório, de casa; os da vida. E isso é que foi bom. Há tempos o 20 de julho não me era tão agradável.
E do meu ¼, a última declaração:
Aparentemente tão delicada, mas forte e vívida em gestos e pensamentos intracranianos.
Aparentemente só, mas possuidora de consagrados corações à ela.
Somos e fomos predestinados um ao outro, assim como somos quatro fragmentos num único símbolo: AMIZADE!
Minha pequena Tati, apenas te desejo VIDA, porque assim saberei que és presente sob os meus olhos...meu toque, meus beijos, meus abraços...
És o meu terno presente!
E essa VIDA que me presenteou te seja banhada em doces sonhos e sucessos...além de amor, por que certamente és amada incondicionalmente.
Deus se faça presente em abenção, e te faça luz...
Minha guia, a AMO MUITO, tanto que as lágrimas se fazem felicidade!
Se é assim, então não falta nada!
quarta-feira, 18 de julho de 2007
segunda-feira, 16 de julho de 2007
domingo, 15 de julho de 2007
E num dia frio...
sábado, 14 de julho de 2007
O livro, lançado pela Editora Michalon, já vendeu 45 mil exemplares e está nas listas dos mais vendidos na França. A tiragem inicial foi de 10 mil cópias e, em apenas um mês, No Kids já está em sua quarta edição.
A autora, Corinne Maier, psicanalista e economista, já havia causado polêmica na França em 2004 quando lançou Bom dia Preguiça, no qual ensinava como manter o emprego trabalhando o menos possível.
“Franceses, enfim a verdade: as crianças são o inferno. Quarenta razões para não ter filhos são ainda bem pouco. Em nosso país, líder em natalidade na Europa, só há uma única solução: a contracepção”, escreve a autora em seu site internet para explicar seu novo livro.
Segundo Maier, 43 anos e mãe de dois adolescentes, de 13 e 11 anos, “quanto mais a natalidade aumenta, menos as pessoas dizem que são felizes”.
"Aspiração idiota"
Para ela, filhos “custam caro, poluem e sobretudo afundam a existência das pessoas”.
“Para os filhos, devemos renunciar a todo o resto, como lazeres, vida de casal, amigos, sexo e mesmo sucesso social no caso das mulheres. E isso, durante 20 anos, até que a maravilhosa criança radiante se transforma em um jovem sem futuro, um desempregado, um perdedor”, diz ela.
No melhor dos casos, segundo sua avaliação, o filho se transformará em “simples recursos humanos” para a sociedade.
Os títulos dos capítulos de No Kids dão um boa idéia da tese defendida pela autora.
O livro aborda inicialmente o desejo de ter filhos, definido como “uma aspiração idiota”. Depois a autora analisa a fase “metrô, trabalho, crianças, não obrigado” e diz em outro capítulo que filhos são “aliados do capitalismo”.
Maier escreve também que as pessoas ficarão “certamente decepcionadas com os filhos” e conclui com a seguinte questão “por que se matar por alguém que será um excluído no futuro”?
"Um fardo, um parasita"
Para a autora, os filhos impedem as pessoas de desfrutar da vida. “Acreditem, eles serão criativos nessa área. Eles ficarão doente quando você quiser sair para se divertir e vão atrapalhar quando você fizer uma festa com os amigos”.
A escritora utiliza frases pesadas para defender suas idéias, como, por exemplo, “você vai carregar seu filho durante décadas. Um verdadeiro fardo do qual será difícil ficar livre. Um conselho: se for para alimentar um parasita, prefira um gigolô.”
Maier afirma que o fato dela mesma ter tido filhos permite que ela tenha a independência necessária para falar sobre o assunto. “Se eu não tivesse filhos, achariam que sou uma velha amarga”.
Para o jornal Le Figaro, No Kids é um “ensaio provocador”. O jornal escreve que a ironia da autora “ajuda a expor de forma divertida idéias sem grande originalidade, como seu discurso sobre a idolatria dos filhos e os malefícios da educação contemporânea”.
A autora trabalha atualmente como psicanalista em Paris e Bruxelas, depois de ter sido despedida da companhia de energia francesa EDF, conseqüência da publicação de “Bom dia Preguiça”.
Além do livro de Corinne Maier, o filme Eu detesto os filhos dos outros, lançado na semana passada no país, também aborda de forma irônica o assunto.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
sábado, 7 de julho de 2007
Quando Eu Estiver Cantando
Cazuza e João Rebouças
Tem gente que recebe de Deus quando canta
Tem gente que canta
procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que
me perdoe no camarim-
Eu sou assim
Canto pra me mostrarDe bestaAh, de besta-
Quando eu estiver cantandoNão se aproxime
Quando eu estiver cantandoFique em silêncio
Quando eu estiver cantandoNão cante comigo-
Eu só canto só
O meu canto é minha solidão,É a minha salvação-
Porque meu canto redime meu lado mau
Porque meu canto é pra quem
me amaMe ama, me ama-
Quando eu estiver cantandoNão se aproxime
Quando eu estiver cantandoFique em silêncio
Quando eu estiver cantandoNão cante comigo-Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio-Porque meu canto é minha solidãoÉ a minha salvação
Porque meu canto é o que me mantém vivoÉ o que me mantém vivo.
**[Cazuza - † 7 / 7 / 1990]
As pedras no chinelo rasteiro
Assim mesmo, sempre chego na redação com esperanças de que o dia será melhor. Com esperança de que não haverá tiros, ligações pro IML e perguntas do tipo "o corpo ainda está aí?", ou "fulaninho de tal vai pro Cotel de que horas?"...
Hoje eu senti um nó na garganta quando a chefe de reportagem me delegou a morte de Rafael. Até ontem, era uma criatura de 24 anos, que tocava flauta e se divertia por aí com sua música. Hoje, virou personagem de script de jornal... Isso eu pensava enquanto empilhava as folhas do roteiro e vi a minha nota sobre o caso, na página 13.
Fiquei indignada. "Vou ter que ligar para algum parente dele?", perguntei à chefe de reportagem. "Se precisar, sim", ela me respondeu. Então minha chefe me olha do birô e diz: "Não fique assim. Vista sua máscara de jornalista. Esse é seu trabalho".
Ah, tenha paciência. Fiz mil malabarismos, liguei pro IML, pra assessoria da banda em São Paulo, pra um cardiologista... tudo para não ter que tocar na ferida alheia. E deu certo. Retranca e nota abaixo, para registrar nos meus arquivos!
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FALECIMENTO/ RAFAEL
FOI ENTERRADO NA TARDE DE HOJE, NO CEMITÉRIO DE SANTO AMARO, O CORPO DO FLAUTISTA DA BANDA MOMBOJÓ, RAFAEL VIRGÍNIO VITAL TORRES, DE 24 ANOS.// ONTEM À NOITE, RAFAEL SENTIU FORTES DORES NO PEITO E FOI LEVADO AO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO, MAS JÁ CHEGOU SEM VIDA.// DE ACORDO COM O LAUDO DO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, A CAUSA FOI UM ENFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO.// SEGUNDO A ASSESSORIA DE IMPRENSA DA BANDA, O MÚSICO SOFRIA DE TROMBOCITOSE, UMA DOENÇA QUE AUMENTA A QUANTIDADE DE PLAQUETAS NO SANGUE, PODENDO LEVAR AO ENFARTO.// A BANDA MOMBOJÓ FOI CRIADA EM 2001 E JÁ EM 2003 RECEBEU O PRÊMIO DE MELHOR GRUPO MUSICAL PELA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE CRÍTICOS DE ARTE.///
CONTATOS
SVO – 2126.8557
Cemitério de Santo Amaro – 3232-1414
Kátia Cesana (assessora da banda) – (11) 8122.9051
Dr. Rubens (cardiologista) – 9114.2828
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Uma singela homenagem ao meu personagem de hoje.
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E um minuto de música!
...
terça-feira, 3 de julho de 2007
A nova conta do colar...
O primeiro teste foi o mais difícil, e lá estava meus quatro nomes na lista de aprovados. Depois, na dinâmica de grupo. Mas aí chega a parte difícil, que é ficar frente a frente com o provável futuro chefe e tentar convencê-lo que é de você que ele precisa. Na verdade, eu tinha uma ponta de certeza que não passaria e uma outra, um pouco menor, de que, dessa vez, a coisa seria diferente. Enfim, não foi e eu fico tentando achar uma saída.
Eu posso atrasar o curso e tentar de novo! - Não!
Eu posso acender uma vela de sete dias e orar aos deuses para que o resultado esteja errado! - Não
Eu posso esperar o resultado do JC e rezar para os santos para que o resultado seja diferente! - ...
Eu posso desistir dessa idéia idiota de querer ser jornalista e decidir logo um rumo! - ...
Conversando com uma amiga que também não passou e estava mais triste que eu (ela, realmente, quer ser repórter de tv), comecei consolá-la de uma frustração também minha. Ela se sente melhor, agradece e eu fico me sentindo melhor, por ela...
Bem, tracemos os novos rumos.
O que eu vou fazer agora??
Por favor, alguém me console!
segunda-feira, 2 de julho de 2007
domingo, 1 de julho de 2007
Você Se Parece Com Todo Mundo
(FREJAT/ CAZUZA)
Relógios e flores todo tipo de carinho
Eu te dei tantas coisas mas, eu te perdi
Você se parece com todo mundo
Eu investi demais sem por no seguro
Você empresta e cobra mais tarde com juros
Você chora e fede como todo mundo
Você mente e esconde no seu cofre escuro
Mas vacila e entrega um mistério sujo
Você se parece com todo mundo
Eu te amei demais, eu sofri pra burro
Você se parece com todo mundo
Eu te amei demais, Eu fiquei maluco
Beijinhos e tapas todo tipo de carinho
Te mostrei vários amores mas eu te perdi
Ameaças, trapaças, todo tipo de chantagem
Eu usei todos os truques mas eu esqueci
Que todo mundo ama, exagera tudo
Mas depois disfarça e foge pelos fundos
Você se parece com todo mundo
Eu sonhei demais eu fiquei maluco
Você se parece com todo mundo
Eu sonhei demais eu fiquei maluco
Eu fiquei maluco por você
-
Tenho uma opinião sem muito sentimento e um sentimento bem pessimista em relação ao fato do Brasil ser sede as olimpíadas de 2016. Na verdad...