domingo, 22 de julho de 2007

O vigésimo quarto 20 de julho!

Acordada aos gritos, às 6h30 da manhã do meu 24º aniversário, praguejei contra a data, sempre esperada e tão, sempre, detestável. Sou tímida, ao contrário do que parece, e fico irremediavelmente encabulada com os “parabéns” e desejos de felicidade, saúde, amor e “tudo de bom” ao telefone ou pessoalmente. Pior quando cantam, “desafinadamente”, a terrível e já ultrapassada canção “Parabéns pra você”.
Coisas da data.

Na redação, o povo bateu palmas, cantou, me deu abraços e mais um monte de apurações pra fazer. Coloquei o celular no silencioso para trabalhar em paz, mas depois imaginei a falta de educação que seria dispensar a atenção alheia e tentava ser o mais breve possível nos:
- ô, obrigada...
- é, 24...
- ÊÊÊ, brigada!!!!
- amém, vovó!

O dia teve pequenos aborrecimentos. Família, sinto, deve ter sido um erro de cálculo do criador. Algum tipo de teste, sei lá...
Meu pai combinou um almoço e talvez desmerecendo a importância da data, desmarcou. Salvadora, minha mãe almoçou comigo, em casa, e fez mais uma tarde divertida enquanto ouvíamos a nossa cozinheira falante “arrudiar” em estórias intermináveis enquanto eu partia sonhos de valsa® para o bolo de logo mais.

Entretanto, para se redimir, o tal criador nos deu amigos. E naquele dia eles se manifestaram de várias formas. Alguns, via telefone, outros por mensagens de celular. Alguns desavisados, via orkut.

Houve o que foi direto na redação só pra falar comigo e a que viajou e mandou um postal do lindo Rio, que chegou bem no dia certo!
Teve quem ligasse cedo, pensando que ia me acordar e aquele que ligou assim que acordou, ainda com voz de sono, com palavras amáveis e me chamando de todos os apelidos que ele mesmo inventou pra mim.

Na festa, teve um, de anos, que chegou antes de mim. E foram chegando outros.



Muitos de muitos e muitos anos e outros mais recentes.


Aqueles que dividiram colégio, faculdade, escritório, estágio, carro, comida, chiclete... O amigo mais antigo, de fraldas, que chegou carregando sabonetes com cheiro de mousse de morango.

Teve o amado “Mio”, sempre meu, com sua cara de manha e o melhor afago da noite. Um outro, que mora longe e há anos não nos víamos que me deu o ar de sua graça como presente, e aquele inconfundível abraço apertado.

-
O amado “Ptero”, companheiro de caminhadas, tropeços e brigas, que não pode faltar em nada.

O meu príncipe de “belos olhos”, que deveria ser meu irmão, mas talvez deus seja sábio demais para isso.
Meu fotojornalista mais querido, dono do jeito insuportável mais amado do mundo.
O caboclo de lança e sua cabeleira desalinhada e a amiga de confidências, que consegue sobreviver no meu mundo de amigos homens.


O pequeno sapo, que me fez adorar um simples sachê de catchup.
Uma manada de mamutes e a dona do reino, que chegou de surpresa e me presenteou com uma vassoura.
-
Meus amigos novos, que me fizeram vibrar de alegria com suas presenças. Jornalista, realmente, anda tudo junto, né? (Eu mesmo ameeeeei o martini).

O “avô dos meus netos”, como ele mesmo se denomina... que topou a jornada ao Ibura, para deixar em casa as “crianças de tia”. A mim, além da alegria daquelas carinhas amadas, eles deram uma pequena tartaruga, dessa vez macho, chamada Thomas. E quando eu, finalmente, depois de abraços, beijos, fotos, palmas e suspiros, sentei pra respirar, chega a última pessoa que eu esperava ainda ver naquela noite. E fechou.

Entre os da faculdade, os do colégio, do estágio, do escritório, de casa; os da vida. E isso é que foi bom. Há tempos o 20 de julho não me era tão agradável.

E do meu ¼, a última declaração:

Aparentemente tão delicada, mas forte e vívida em gestos e pensamentos intracranianos.
Aparentemente só, mas possuidora de consagrados corações à ela.
Somos e fomos predestinados um ao outro, assim como somos quatro fragmentos num único símbolo: AMIZADE!
Minha pequena Tati, apenas te desejo VIDA, porque assim saberei que és presente sob os meus olhos...meu toque, meus beijos, meus abraços...
És o meu terno presente!
E essa VIDA que me presenteou te seja banhada em doces sonhos e sucessos...além de amor, por que certamente és amada incondicionalmente.
Deus se faça presente em abenção, e te faça luz...
Minha guia, a AMO MUITO, tanto que as lágrimas se fazem felicidade!


Se é assim, então não falta nada!

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