segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma rapidinha

Hoje o dia foi tão puxado, mas tão puxado, que eu estou sem coragem pra nada. Pra ser bem sincera, nem sei por qual motivo estou aqui, perdendo tempo, o meu e o de vocês, escrevendo amenidades. É, não sei...

Talvez por ser este um canal interessante de diálogo, de comunicação, que tem exatamente o modelo que aprendi na faculdade. Aqui completamos todo o ciclo de emissão e recepção de mensagem: eu deliro, vislumbro, penso (às vezes); vocês leem, interpretam e respondem. E eu recebo estas respostas. E tenho um motivo a mais para ter certeza de que as coisas, no meu ofício, se constroem desta forma. Com os dois lados.

Nossa... me perdi.

Ah, sim. Queria responder que, sim, eu fui ao show do Simply Red, sozinha, com a ideia na cabeça de viver uma experiência pitoresca. De fato, foi. De onde eu me esgueirava para conserguir ver o show, estava acompanhada, de um lado, um casalzinho engraçado, que dançava juntinho (visivelmente estavam ali por conta dela); do outro, um discreto casal gay. Foram momentos tão agradáveis, de boa música... e que voz. Que voz...

E para finalizar por hoje, que eu já tô sem condição de construir uma frase inteira, reproduzo um trecho de um texto de Caio Fernando Abreu que copiei do blog de um amigo meu. Espero que gostem. Espero que seja bem compreendido. Talvez uma dose de hermenéutica.

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa."

ps: Perdoem o título. Só percebi depois...

2 comentários:

Anônimo disse...

Sozinha?!
Por que não me chamou?
Pensando bem, não dava pra encarar uma dessa, não.
Falo da banda, claro. rsrs :>)

PS: Gosto dessa sua percepção de escritora.

José Henrique

Anônimo disse...

hehehehehhehe
Só vi o seu PS agora.
Tb não tinha me ligado.