sábado, 17 de abril de 2010

Simply Red no Recife

Por um lado, acho interessante receber um artista estrangeiro, cantando em idioma estrangeiro. Melhor: ouvir um inglês embromation cheio de empolgação do "colega" de pista ao lado. Ah, tem também aquela sensação: "peraí! Essa música é do Simply Red?" Era. Aliás, eram.

O show não começou pontualmente às 22h, como alardeou a imprensa local, valendo-se do argumento da banda ser britânica. Mas, vamos combinar que um atraso de pouco mais de 25 minutos não é nada no Chevrolet Hall, cujos shows costumam atrasar perto de duas horas. A espera valeu a pena. O que vi no palco foi um sentido mesmo de despedida, primeiro – e último – show do Simply Red no Recife. Coloco o verbo na primeira pessoa porque ouvi (e li) muita gente reclamando. Na saída da apresentação, ouvi um homem de meia-idade dizer: "baixei a discografia quase toda deles, e eles só tocaram duas ou três músicas".

Ah, sim, é verdade. Da lista de clássicos, Mick Hucknall cantou “Stars”, “Come to my aid” e “Never, never love”, que eu me lembre agora. Eu senti falta de “You make me feel brand new” e “Four your babies”. Olhem, deixo claro que a memória pode faltar, já que não levei bloquinho e caneta como sempre. Preferi me abster do “cacoete” desta vez.

Bem, é uma coisa muito legal ver esse tipo de show. Sempre ouvi as músicas deles, há tanto tempo (mesmo sem saber de quem eram). Mick estava muito animado, é carismático, simpático. A voz dele é linda, capaz de agudos incríveis e falsetes graves. Os músicos são excelentes, destaque para o saxofonista e pro guitarrista.
As fotos que fiz ficaram péssimas. Gente baixinha só se lasca nessas horas. O Chevrolet ainda fez o favor de instalar uma tal de uma área “VIP” que deixa o restante dos pagantes da pista longe do palco. Very Important “People” que se espremeram dentro de um cercadinho. E ainda sobre a casa anfitriã, as reclamações são as mesmas de sempre: um calor de lascar (aquele arcondicionado é lenda, né) e o estacionamento terrível! O que é aquilo?? Você paga R$ 3 para ter barro, buraco e uma desordem da peste free. Né legal?

Bem, problemas de lado, o show me valeu demais. Foi paradinho, de fato, como disseram algumas críticas. Mas é o estilo da música... Nesta página tem algumas. Vale a pena ouvir.

Não fiz fotos que prestassem, mas gravei dois momentos jóias do show. Divido com vocês agora. Espero que gostem o tanto que eu gostei:




2 comentários:

Anônimo disse...

Fostes pra esse show caído?!
Inglês embromation é mesmo uma maravilha.
Não sei se foi Eça de Queiroz ou Machado de Assis - vc deve saber - quem disse essa frase certeira:
" O cidadão tem obrigação de falar bem o seu idioma e mal o dos outros"

José Henrique

Anônimo disse...

Menina, depois que li o que você escreveu eu procurei pela banda no google e fiquei impressionada pelo número de músicas que eu conhecia mas não sabia que era deles! O show parece ter sido bem legal!

Juliana Troxler