quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estreia (?) de Chacrinha na tela do cinema


Uma matéria tem algumas muitas chances de ficar dúbia. Vê essa do G1:

Filme sobre Chacrinha estreia no Festival do Rio

'Alô, alô, Terezinha' será exibido nesta quarta (30), às 19h15. Para diretor, tropicalismo legitimou figura do Velho Guerreiro

“Chacrinha continua balançando a pança, buzinando a moça e comandando a massa”. Os versos da canção “Aquele abraço”, de Gilberto Gil, serão relembrados pela plateia do Cine Odeon nesta quarta (30), às 19h15, quando estreia o documentário do jornalista Nelson Hoineff, “Alô, alô, Terezinha”, sobre o Velho Guerreiro, na mostra hors-concours do Festival do Rio.

(...)

(para ler na íntegra, clique aqui)


Tava lendo a matéria e achei o nome do filme muito familiar. - "Se não me engano, algum filme semelhante foi exibido no Cine PE". Dito e feito! Olha lá:

















Pergunta: Estreia? Só se for a primeira vez que o filme passa no Cine Odeon, porque aqui já foi, né? Das duas, uma - ou a apuração foi mal feita ou o texto, mal escrito. Olha a prova:




Veja o "treiler" aqui.

Imagens e palavras para as dores da vida



São Paulo (SP) A natureza e capaz de florescer até nos lugares mais difíceis, como na fiação elétrica em Sete Barras (SP). 27/09/2009

E vejam só o que eu encontrei agora de manhã no site do Estadão. Uma foto bem adequada para fazer a gente lembrar de todas as coisas que fazem parte da vida. Nem sempre justas ao nosso entendimento, mas sempre com seus porquês.

Para hoje: Clarice Lispector

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.

(...)

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

(...)

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

(...)

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AIDS: Pesquisadores da UFPE dão passo importante em busca da cura



Hoje, o Diario de Pernambuco publicou uma matéria sobre uma nova descoberta de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Eles anunciaram a descoberta de dois genes humanos que possuem proteínas capazes de ajudar no tratamento com a "imunovacina células dentríticas contra o HIV".

"A vacina está sendo desenvolvida na universidade há oito anos. A grande novidade da descoberta é que pela primeira vez estudiosos se debruçam sobre o genoma humano para saber como um paciente não consegue reagir positivamente a uma tentativa de vacina contra a doença. A novidade, anunciada com exclusividade em Pernambuco, será apresentada em Paris, em 18 de outubro, durante o Congresso Mundial de Vacinas Profiláticas e Terapêuticas contra o HIV."

Leia matéria na íntegra clicando aqui.


Acho que todo mundo tem ideia de importância dessa descoberta, mesmo aqueles que nunca foram mais fundo na problemática da Aids. Carregada de preconceitos, a doença ainda carrega estigmas ultrapassados (antigamente, era conhecida como "câncer gay", por afetar os homossexuais, especialmente os indivíduos masculinos).

O Ministério da Saúde mantém o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Informações detalhadas e atualizadas sobre a síndrome, você encontra aqui.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A arte de Iman Maleki



Olha que maravilha de pintura:



Tenho uma tia que cultiva o péssimo hábito de reencaminhar e-mails. Ela já foi da era da corrente (do tipo "envie esta corrente para 1.562 pessoas em 2 minutos e 53 segundos e terás uma surpresa") e agora manda apresentações em power point. Claro que dificilmente eu abro estes arquivos, mas como as coisas nem sempre estão perdidas, achei um interessante.


Olha de novo:








Estas imagens são pinturas do artista iraniano Iman Maleki, que nasceu em 1976, em Tehran. Interessado pelas artes plásticas desde criança, Maleki começou a pintar aos 15 anos com orientação do seu "primeiro e único professor", Morteza Katouzian (para ver suas obras, clique aqui), o melhor pintor realista do Iran. Não demorou até que o discípulo começasse a pintar profissionalmente.

Em 99, ele concluiu a graduação em Design Gráfico na Art University of Tehran.

No site oficial de Iman, você pode ver algumas de suas pinturas, que são lindas e de um realismo impressionante. Lá você também pode encontrar telefone e e-mail de contato, mas com um simpático recado:




"Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que têm visitado meu website. Infelizmente, desde que fiquei extremamente ocupado durante os últimos meses, não tenho tido condições de responder alguns e-mails, mas eu leio a todo eles com muito cuidado. Obrigada a todos" (sic).


Vale a pena olhar as pinturas com bastante calma, atentando para os detalhes. O texto foi retirado do site oficial do artista e traduzido porcamente por mim.

Uma história, uma charge [3]

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Miséria assombra o milagre da cura

Alegria exibida por Marciano ao deixar o hospital no Recife, após quase um ano de tratamento, está comprometida. Na casa dele, em Floresta, no Sertão, falta de tudo e morcegos são ameaça constante

Texto: Ciara Carvalho, repórter de Cidades do Jornal do Commercio


O lugar que abriga o milagre envergonha. Não há banheiro nem água encanada. O mato seco serve de esconderijo para a humilhação. De dia, o mormaço do Sertão é espantado por um ventilador doado. À noite, são os morcegos que espantam o sono. O retorno para casa trouxe a realidade de volta. O quarto onde Marciano Menezes da Silva, 16 anos, foi marcado por um morcego mais parece um celeiro. De tão precária, a casa de taipa da família está fechada. Dias antes da chegada do garoto a Floresta, todos se mudaram para a casa da avó. Lá, pelo menos, é parede de tijolo e piso de cimento. O banho foi improvisado na varanda. Marciano reclama. Tem medo de cair da cadeira de rodas. O pai ajeita. Segura o menino sem poder. Na falta de tudo, os dias se limitam a cama e televisão. O jovem que derrotou a raiva pode ser vencido pela pobreza.

Não é fácil chegar à casa de Marciano. Não bastasse morar no Sertão, a 433 quilômetros do Recife e a sete horas de viagem da capital, o menino vive no meio do mato, na zona rural de Floresta. Do Centro do município, dá quase uma hora de asfalto e estrada de barro. Difícil na estiagem, o caminho esburacado de terra fica impossível no inverno. Para o agricultor João Menezes, pai de Marciano, ir até a cidade significa gastar R$ 15. É o preço da lotação. Daqui a três semanas, quando deverá retornar ao Recife para fazer uma cirurgia no quadril, Marciano terá que se acostumar a essa longa jornada. Pelo menos uma vez por semana, precisará fazer fisioterapia na Associação de Apoio à Criança Deficiente (AACD), na Ilha Joana Bezerra, área central da capital. É no tratamento intensivo que repousam suas chances de voltar a andar.

Escondida na caatinga, a miséria assombra a recuperação do garoto. Ele não gosta da cadeira de rodas. Ela lhe deixa inseguro. As pernas e a coluna doem. Mesmo se estivesse mais familiarizado com o equipamento, de pouco ele lhe serviria para quebrar os dias de cama do hospital. Tudo em volta da casa de Marciano é pedra. O terreno irregular impede qualquer tentativa de passeio. O máximo de frescor que o menino experimenta é quando os pais colocam a cama de frente para a porta da casa. Dá para distrair um pouco os olhos que não saem da frente da TV, espiando o terreiro de poucas árvores.

Um dia depois de ter voltado para casa, o jovem quase não dormiu com o barulho dos morcegos no telhado. No dia seguinte, as fezes do animal eram a prova de que o perigo ronda a casa. “Ele ficou assustado. Com medo de ser atacado novamente”, diz a mãe, Sônia Menezes, que também não conseguiu pregar os olhos. Seu João, o pai, desafia os limites do corpo. Carrega Marciano de um lado para o outro buscando forças onde não tem. A hérnia de disco faz sua coluna queimar. Os exames acusaram vários bicos de papagaio nas costas. “Eu tô pegando ele porque é o jeito. Mas tem hora que a dor tira o meu fôlego”, resigna-se. Dona Sônia teme que o marido não aguente e deixe Marciano cair. “Mas ele só confia nos braços do pai para sair da cama”, conforma-se.

A dor nas costas não ameaça apenas os deslocamentos do filho. Seu João tirava do plantio do milho e feijão o sustento da família. Quando a situação apertava, ganhava um trocado queimando madeira para fazer carvão. Os oito filhos dependem do agricultor para comer. “Com essa hérnia, não vou mais aguentar cuidar da roça. Vai ficar tudo mais difícil”, lamenta. Com a doença de Marciano, ele deixou o roçado para trás. Faz um ano, desde que o garoto foi internado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, que o cuidado com o sítio foi deixado de lado. A família está vivendo do salário mínimo que Marciano passou a receber do INSS.

No último sábado, um sopro de esperança chegou em forma de promessa para Marciano e sua família. Após tomar conhecimento das dificuldades enfrentadas pelo garoto, a prefeita de Floresta, Rosângela Maniçoba, garantiu à reportagem do Jornal do Commercio que o menino receberia toda a assistência necessária no tratamento. No dia seguinte, cinco secretários – de Educação, Obras, Agricultura, Assistência Social e Saúde – visitaram a casa do garoto, anunciando tudo que será feito. Prometeram cavar um poço, reformar a casa, construir um banheiro, levar professora particular e alugar uma casa no centro da cidade. Servirá de ponto de apoio no difícil caminho da recuperação.


» Quem quiser ajudar pode doar qualquer quantia no Banco Real, em nome de João Gomes de Menezes, agência 1035-9, conta-poupança 21743385-1

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Comentando o comentário abaixo

Rapaz, vovó gosta tanto de música e Céu tem uma voz tão legal... Achei que tava agradando, né? Eu tava naquele Abril pro Rock, o negócio é que não dá pra saber quem foi ver o quê ali...

Mas então...

Primeiro que fumar baseado não tem problema nenhum pra quem gosta - desde que não seja em espaços fechados, até pq, é proibido até fumar um careta. E não sou eu quem está dizendo, é lei. Enquanto jornalista formada (e cidadã, claro), tenho que ser favorável aquilo que é certo e o certo é: meu direito termina onde começa o seu.

Não me incomodei com a maconha alheia e sim com a fumaça alheia. Eu não fumo e não to afim de virar passiva.

Outra: R$ 80 num show patrocinado? Rapaz, eu paguei, depois de muita economia, pra ver o de Chico, com "Carioca" - que foi na mesma época do show de Marisa (janeiro de 2007, certo?). Excelente! Pagava de novo... mas não tinha essa conversa fiada de "preços populares".

Bora combinar que aqui ninguém tem dinheiro sobrando. A Natura bancou o show de Céu e abateu toda despesa do IR. Céu trabalhou que só a porra (ela dirige o show da turnê, além de compor e cantar), você, eu e todo mundo que foi ao show, idem (imagino), e a Natura sai de "patrocinadora da cultura brasileira"?

Por favor, né? Preço popular é um quilo de alimento não perecível, igual ao Todos com a Nota.


Mas opiniões estão aí para serem discutidas.
Obrigada demais! =D



Dica: Projeto Seis e meia traz Guilherme Arantes pro Teatro do Parque na próxima quinta, às 19h. Ingressos à R$ 20 e R$ 10.

Guilherme tá empoeirado, mas ainda gosto.

Céu com Vagarosa no Teatro da UFPE - FOTOS



Show do álbum "Vagarosa", de Céu, no Teatro da UFPE - sexta, 18 de setembro de 2009. Estas são algumas (tentativas de) fotos que tirei. O negócio é que a habilidade da fotógrafa e a distância do palco não ajudaram muito.


Bom, aproveitando a postagem das fotos, esclareço que vovó não é surda (pelo contrário, escuta bem até demais). Talvez o erro tenha sido meu, de tê-la convidado a ver um show de uma cantora que ela ainda não conhecia. Mas nem se trata disso.



Sim, concordo que Céu canta bem (se não pensasse assim , não teria ido ao show). Quanto ao local, achei que fosse adequado, a julgar pelo “balanço” da música, que não é dos mais agitados. Só que eu mudei de ideia depois que percebi o típico de público que ela atrai. Lembrando que no outro show que ela fez aqui, no Abril pro Rock, fica difícil de avaliar o público específico de cada artista.




Quanto ao preço dos ingressos, continuo defendendo que R$ 30 não tem nada de “popular”. Quando uma empresa do porte da Natura se propõe a patrocinar shows selecionados através de concurso (com edital e tudo), pressupõe-se que o intuito é atingir um público que não teria acesso não fosse o subsidio. E vendo o público presente no teatro, não vi nada de novo, salvo algum engano.



Se bem que, com um salário de R$ 465, não tem valor que seja popular para o que é “supérfluo”. Nesse caso, popular e acessível de verdade, só aqueles showzinhos legais que a prefeitura promovia na estação de Metrô – de graça e no horário de pico. Né verdade?


Mas aí é outra história.