terça-feira, 31 de outubro de 2006

Não fui eu, mas poderia ter sido

Não Sei Dançar

Voz: Marina Lima
Composição: Alvin L.

Às vezes eu quero chorar
Mas o dia nasce e eu esqueço
Meus olhos se escondem
Onde explodem paixões

E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista p'ro mar
Ou outra coisa p'rá lembrar

Às vezes eu quero demais
E eu nunca sei se eu mereço
Os quartos escuros pulsam
E pedem por nós

E tudo que eu posso te dar
É solidão com vista p'ro mar
Ou outra coisa p'rá lembrar

Se você quiser eu posso tentar mas
Eu não sei dançar
Tão devagar p'rá te acompanhar

.................................................................................................
Hoje, ela diz tudo.
Eu, nada...

(65 dias)

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Feliz Dia das Bruxas!!

Travessuras ou gostosuras?

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Analisando...

Os assuntos postos em pauta nesse espaço são sempre delírios dos meus miolos. Seguem em duas vertentes: a jornalística, quando eu paro para analisar fatos e dar-lhes um singelo pedaço em meus pensamentos, e o “egocentrismo”.

Esse último remete-me ao romantismo literário. Canso de dizer nas aulas que o poeta romântico, quando fala de sentimentos, reflete simplesmente aquilo que acontece dentro dele (é o que se define como o tal “egocentrismo”, característico dessa escola). Levanto uma série de exemplos que ilustram esse que é o mais popular gênero da literatura e questiono o porquê de ser tão fácil nos identificar com ele. Diante daqueles olhares perplexos, alguém diz que o que sentimos é sempre igual...

– “Você refere-se a quê?”, perguntei.

- “Ah, Tati. Sei lá. Acho que no fundo somos todos iguais”, respondeu aquela figura com cara séria na minha frente.

- “Natureza humana?”

- “É, isso mesmo.”, completou, perplexo.

Eu fiquei contente dele ter pensando tão “além”. Ele ficou ainda mais empenhado em ouvir tudo aquilo que eu falava. Parecia buscar, novamente, o fio da meada.

Palavras são preciosas

Semana passada, em uma apresentação que fiz sobre mim mesma, disse aos analisadores, que “a música é a mais inteligente forma que o homem encontrou de usar as palavras”.
Entretanto, uma gramática poderia ser comparada a um livro como as Barsas que meu avô tinha e eu adorava. Espécies mais diversas de palavras... de todos os tipos.

Palavras-fraternas

Lucas e eu conversando:

Tati... diz:
ai, meu deus...
Tati... diz:
vc me inclui nesse quebra-cabeças...
menino bonito diz:
claro
menino bonito diz:
pq sem vc ia ficar incompleto

Palavras-filosóficas

Meu Preto em um monólogo:

E DEUS DISSE: NÃO MATARÁS! diz:
Tati, eu to numa fase de determinação do meu futuro
E DEUS DISSE: NÃO MATARÁS! diz:
Meu irmão completou hoje 35 anos e ao invés de dar parabéns a ele ,eu dei meus pêsames, pois é um homem de 35 anos que não tem porra nenhuma
E DEUS DISSE: NÃO MATARÁS! diz:
e disse ainda mais, que não quero chegar até essa idade da forma que ele chegou
E DEUS DISSE: NÃO MATARÁS! diz:
é ele é uma pessoa que sempre deixou as oportunidades da vida passarem e ficou com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando sabe lá o quê passar

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Diante de todas, eu ainda fico com as minhas músicas, embora seja muito difícil de escolher aquela que mais enche o peito.

No que diz respeito as que eu direciono a alguém, elas tomaram proporções muito maiores do que eu jamais pude cogitar. Eu só não conseguia criar uma espécie na qual as pudesse classificar. Então, hoje pela manhã, eu li uma entrevista com Lya Luft no JC, e foi ela quem acabou criando a nomenclatura. De início, ela diz:

- “ Escrever é lidar com meus fantasmas”.

Depois arremata:

- “Palavras e silêncio são complementares como bons amantes”.

Eu não entendo bem o que ela quer dizer, mas sinto perfeitamente que são verdades.

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Musique-se

Disritmia

Zeca Baleiro

Eu quero me esconder debaixo dessa tua saia, pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir teu sangue pro meu coração, que é tão vagabundo

Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos
Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos

Eu quero ser exorcisado pela água benta, desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado, mas pelas retinas dos seus olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disrtimia

Vem logo, vem curar teu nego que chegou de porre, lá da boemia
Vem logo, vem curar teu nego que chegou de porre, lá da boemia

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66 dias e uma ansiedade chata...
Mais trabalhos! Odeios câmeras na minha frente! Odeio microfones!

domingo, 29 de outubro de 2006

"As possibilidades de felicidade / São egoístas, meu amor..."

Dois dias pensando. As imagens vão e vêm e eu fico só pensando.

O problema de pensar é que eu tenho milhões de neurônios e acho que cada um deles tira as suas próprias conclusões. A população cerebral se divide entre oposição, direita e indecisos. Há também os anarquistas, que não sabem nem do que se trata, mas pensam nas maiores loucuras que eu sou capaz e são eles que me matém viva. Transformam o meu esporádico (mas fatal) tédio na mais linda das melodias.

A música ludibria todas as facções e eu fico rindo das minhas próprias dúvidas, embora esteja absolutamente certa das minhas certezas. As certezas satisfazem e eu aprecio meu estado de paz. Talvez seja egoísmo, mas não deixa de ser bom. Todas as outras "coisas" perdem o valor, por que existe outra que retém todos os sentidos pra si, então ela vale mais, e tende a se valorizar. Cotações altíssimas para os dias que se seguem, e todos os outros...

Estava triplamente tonta no final da sexta. Verdades ditas, verdades reveladas e a taça que Brigite me trouxe roubaram todas as minha preciosas palavras. Cheguei em casa num piscar de olhos, não pela velocidade, mas por que estava completamente alheia ao movimento lá fora.

Talvez aquela noite merecesse uma mensagem daquelas, lindas, mas eu não consegui. Antes de dormir, cheguei à conclusão de que palavras àquela hora eram desnecessárias. Naquele momento eram... pra mim bastou o beijo mais verdadeiro que eu já dei em alguém.

Mas a vida é feita deles (momentos), dos conflitos dos meus neurônios e das mãos e olhos mais lindos que eu já vi...


Musique-se

Todo o Amor Que Houver Nessa Vida

Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno anti monotonia

E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcanço em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
E algum remédio que me dê alegria


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Se eu soubesse tocar violão, todas essas estrofes e cada uma das suas cifras poderiam ser minhas...

Passarinho, "te amo do umbigo"...

Acho que vou ver o sol da tarde.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

TOQUES DE ALMA

É, um site de "auto-ajuda". Que seja...
Eu tenho acreditado que tentar ajudar a si mesmo é o melhor caminho para conseguir solucionar problemas e se encontrar o que se procura.

A Arte de Gostar das Mulheres

Rafael Marti, jornalista

Ainda nos meus tempos de graduação, fui convidado para assistir a uma palestra proferida pelo fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: “para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher”. Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.

- Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma redinha diferente e ficar entretido com isso - afirmou.

O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita. Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.

Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.

Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar, pacientemente, todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher.

O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida. O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade.

“Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro”, afirmou Vinícius de Morais no poema ” Para viver um grande amor”. Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez.

O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para seduzir a mulher várias e várias vezes, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher. Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostam de mulher é que conquistam várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino.

Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade. Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a “Have you really loved a woman?” do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer “você já amou realmente uma mulher?”. Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita.

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E viva a sapiência de Vinícius e dos jornalistas...

Samba Da Bênção


Baden Powell


É melhor ser alegre que ser triste
A alegria é melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
Preciso um bocado de tristeza
Se não não se faz um samba não

Fazer samba não é contar piada
Quem faz samba assim não é de nada
Um bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

Ponha um pouco de amor, uma cadencia
E vai ver que ninguem no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje é branco na poesia
Ele é negro e demais no coração
Ele é negro e demais no coração
Ele é negro e demais no coração

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

E continua a saga...

Assassino de Laís pede perdão à mãe da vítima e diz que não agiu sozinho

Matéria do PE360 graus

O delegado-titular do Grupo de Operaçãoes Especiais (GOE) da Polícia Civil, Antônio Barros, vai pedir a prorrogação da prisão temporária de Ricardo Alexandre Nery de Oliveira, 33 anos, apresentado à imprensa nesta quarta-feira (25), na sede da Polícia Civil, no bairro da Boa Vista, no Recife.

Segundo Barros, o motivo é a necessidade de esclarecimento de alguns pontos da investigação, como a possível participação de cúmplices no assassinato da menina Laís Melo Bezerra, 9 anos, em agosto passado, cuja autoria foi confessada por Ricardo de Oliveira.

Na entrevista coletiva concedida aos jornalistas, o acusado portou-se de maneira distinta da informada pelo delegado durante o depoimento - quando, segundo Antônio Barros, Ricardo de Oliveira demonstrou frieza e chegou até a rir. Dizendo-se arrependido pelo crime, ele mandou um recado para a mãe de Laís Bezerra. "Eu diria a ela que me perdoe, que me desculpe pelo que fiz", disse.

Ricardo de Oliveira contou também que tem uma filha e que escolheu Laís aleatoriamente, afirmando que não foi um crime premeditado especificamente contra ela. Ele disse ainda que não agiu sozinho. Antônio Barros comentou com os jornalistas que já tinha conhecimento desse fato e que a prorrogação da prisão preventiva vai servir para elucidar esse aspecto - e também para investigar se outros desaparecimentos de crianças têm ligação com o acusado.

Ricardo de Oliveira vai ser indiciado por seqüestro duplamente qualificado (vítima menor de idade e ato praticado com finalidade libidinosa), homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia e dissimulação para atrair a vítima), vilipêndio ao cadáver e ocultação e destruição de cadáver. Em caso de condenação, a soma das penas por esses crimes ultrapassam o limite do Código Penal Brasileiro, que é de 30 anos de detenção.

O acusado já foi levado de volta para a sede do GOE, no Cordeiro, onde está detido. Segundo a polícia, nenhum parente ou advogado foi ao local para procurá-lo.

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A justiça brasileira, em mais uma saga. Se não bastasse o mineiro assassinado "por engano" pela polícia britânica, o avião com 154 pessoas que caiu por causa de erros de dois pilotos americanos...

Sensações diversas!

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Religiosa ignorância

Uma menina de 8 anos teve que depender de ordem judicial para ser submetida a uma transfusão de sangue. Isso por que seus pais são Testemunhas de Jeová e a religião não permite o procedimento.

Lê-se:
"O estado de saúde da menina piorou e, na manhã da última terça (24), os conselheiros tutelares conseguiram um mandado judicial onde a juíza da 3ª Vara Cível de Jaboatão, Sônia Stamford Magalhães Melo, diz que "foi indicada a necessidade de transfusão de concentrado de hemácias com urgência”. O que fundamentou a decisão da juíza foi, além das informações do Conselho Tutelar, um ofício do hospital atestando que a criança corria risco iminente de morte."

É demais!

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72 dias...

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Sinopse de Novela

Enredo

O trajeto das aulas de reforço para casa, a boa aparência e a inocência de acreditar em um estranho. Foram essas as causas do assassinato de Laís. Foi o fim dos seus dez anos ainda incompletos.
Ricardo tem 33 anos e uma cabeça psicopata. É presidiário, mas cumpria sua pena em regime semi-aberto; passava o dia em meio às pessoas de “bem”, à noite voltava aos seus aposentos na prisão. A culpa foi da justiça, que por “bom comportamento”, concedeu-lhe o benefício, mesmo tendo cometido um crime hediondo – estupro. Foi um reprise...
Era 10 de agosto, final da tarde. Fingindo ser amigo de uma das professoras da menina, Ricardo atrai Laís, dizendo que tinha um livro para que ela entregasse. Ela o segue, recebe uma gravata e morre asfixiada. No dia seguinte, já em meio às movimentações em busca da menina, ele volta ao local onde havia deixado o corpo – um terreno a menos de 1 km da casa onde morava – e viola o cadáver. Sexo anal na criança, já sem vida, não foi o bastante. Nos relatos aos delegados que apuram o caso, Ricardo disse que esquartejou, queimou e espalhou o que restou pelo terreno.
A mãe, Lindomar, de 31 anos, não se conforma (claro) e queria, a todo custo, perguntar ao algoz os motivos da crueldade. Não recebeu permissão da polícia, que quis evitar mais desgastes e constrangimentos (para quem?). Os irmãos, um menino de 16 e uma menina de 14 anos, não têm noção do tamanho do crime (suas causas e conseqüências); mas sabem que nunca mais verão Laís de novo.

Falas

A imprensa noticia, cria uma novela em torno do caso. Talvez não pudesse ser diferente, mas por outro lado, perguntas como “o que vai ser da família daqui pra frente?” ou “o que você diria se ficasse frente a frente com o assassino?” devessem ser evitadas. As matérias tinham se prender aos fatos, não às sensações das “cenas do próximo capítulo”.

Mas a “novela” Laís ainda vai longe. Ainda entrevistarão mais vezes a mãe do assassino, que vai repetir mil vezes que é evangélica e por isso perdoou seu filho, e que ele é doente porque foi abusado sexualmente por um tio quando era criança. Ainda vem DNA, exame de arcada dentária, reconhecimento dos pertences da vítima, análise dos cabelos...
O que eu sei é que a polícia levou 70 dias perdida no meio de pistas falsas, sendo enganada por um criminoso que já estava sob sua “custódia” e que foi posto nas ruas pela própria justiça. Ele chegou a ver algumas passeatas do povo de Limoeiro, onde ocorreu o caso, antes de ser transferido para Canhotinho. A mãe passou mais de 2 meses atrás de uma filha morta que ela acreditava com todas as forças que estivesse viva.

Vergonhoso!

Talvez não precisasse nem continuar mantendo Ricardo hospedado em qualquer presídio, cumprindo em regime fechado a sua pena. Poderíamos fazer com ele o que se fez com Cristo, segundo diz a bíblia: julgamento público, dando ao povo o direito de escolher.

Continuemos a assistir o desenrolar do caso...
Enfim...

domingo, 22 de outubro de 2006

Domingo...

Demétrio, Bruno e o Puff "bolorento" de Lipe...
Por que os amigos são as melhores coisas do mundo!

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Bossa nova...


As minhas coragem e iniciativa ficam perdidas em meio às palavras que eu simplesmente não consigo dizer.
Pensamentos e ensaios não resistem ao improviso do momento. Ou eu controlo os impulsos ou me concentro. Nunca dá.
Eu me salvo pela música, certo? Pode ser...
Fico procurando palavras, aí é só ligar o som. Eis que João Gilberto começa a traduzir os sentimentos do Tom. E tudo dá certo...


MUSIQUE-SE


Esse seu olhar

Antonio Carlos Jobim

Este seu olhar quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar e pensar que você
Gosta de mim como eu de você

Mas a ilusão quando se desfaz
Dói no coração de quem sonhou, sonhou demais
Ah! se eu pudesse entender
O que dizem os teus olhos

Ah, se eu pudesse entender qualquer coisa...

76 dias...

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Meus amigos; nem Freud explica

Meu irmãozinho caçula, Lídio, e eu, num papo sobre o Roots:

Tati... diz:
achei mt interessante... perguntei a belisa se ela queria ir e ela disse q era pesado... q depois me dizia...

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
pq eh pesado?

Tati... diz:
sei la, sei q ela n topou ir comigo
(...)
Tati... diz:
meus amigos são tri-caretas
Tati... diz:
ng quer ir
Tati... diz:
e belisa anda mt morgada

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
tu acha mesmo que belisa ia aguentar ficar 3 dias acampada numa festa?

Tati... diz:
hahahahahahaha
Tati... diz:
e pq não?
Tati... diz:
acho q seria mt divertido

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
pois é, então carregaremos ela

Agora, papo de lombras em geral...

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
Menina, ontem meu dia foi tao bom, meu analista me deu tanto fora
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
kkkkkkkkkkkkkkk
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
eu fui chamado de principe na minha sala de Cultura Brasileira
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
e descobri q um menino la nasceu no mesmo dia e ano que um ex meu de leão (o signo de leão - Lídio é muito ligado em astrologia), melhor signo pra mim
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
e ele eh gay tb, jah vi ele na metro (A boate Metrópole)
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
soh faltou o seu abraço

Tati... diz:
peraíííí
Tati... diz:
vamos recapitular
Tati... diz:
1. o seu analista te deu foras. ok... isso é bom?
2. qm te chamou de principe? outro príncipe?
3. esse abraço que faltou era o meu?

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
1. isso é ótimo, pq na maioria das vezes ele fica calado, e dessa vez ele brigou
2. uma colega de turma, devido ao meu nome que ia ser Lidio Florentino de Albuquerque Segundo, ai disseram: parece nome de principe, ai outra disse: mais ele parece um principe... ai todo mundo: éeéé
3: sim, foi o seu abraço

Tati... diz:
1. Eu não entendo de análises, pq nunca fiz. Quer dizer q briga de analista eh uma coisa boa?
2. Eu acho que vc é um príncipe tb. Espero q o tal leonino seja O ou UM DOS seus príncipes.
3. Eu amooooo vc!! Adorei saber disso!

Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
hauehuaheuhauha
Leed - Ingressos da Roots comigo! diz:
1. geralmente tende a ser bom sim as brigas, os foras, até pq eu n tenho nenhuma figura paterna, e ele ocupa todo esse cargo na minha vida
2. ele nem eh principe
3. eu tb te amo :*

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Ai, ai... que lindo!
Pera...
Ah, 77 dias!

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

COMPROVADO: Eu sou uma comunicadora nata!

Hoje, no intervalo do trabalho, estava lendo alguns textos no site do IG. Na falta do que fazer, me submeti a um teste sobre "Como você se comunica?". Eis o resultado:

MODELO
Você é mestre nisso! Escreve com clareza, fala com impacto e sabe ouvir. No “blá blá blá” adequado e oportuno você vende o seu peixe com graça e competência. Por que faz tudo isso tão bem? Porque gosta muito de gente! Inteligente, você sabe que falar bem não significa matracar o dia inteiro. Parabéns, não é fácil encontrar comunicadores natos por aí...


Hahahahaha!! Adoreeeeei esse teste. Pelo menos esse não deu como resultado frases do tipo: "Você não é tão paranóica assim", "você não está tão perdida em seu espaço cósmico" ou "você é uma mulher decidida, continue assim", essas coisas que pode ter um punhado de significados e que você interpreta como quer. Fica ao gosto do freguês...

Notas baixas nas provas. Tive vontade de morrer ontem! Na busca de melhorar o desempenho, já cataloguei milhares de fichas e livros que precisarei ler para as próximas provas. A professora brincou comigo, diante a minha cara de decepção com a nota. "Você melhora na próxima"... Tem gente que não sabe ficar calada! Eu sei, por isso me contive para não responder ao conselho inútil.

Semana passada aconteceu o "realinhamento dos planetas". Por causa disso, as minhas chefes trouxeram flores e frutas para o escritório. Acho que foi para oferecer aos deuses do cosmo. Eu não senti diferença nenhuma. Pensei em cortar o cabelo por causa disso, mas acabei desistindo. Acho que somente a lua influencia no crescimento deles... dizem!

Natação às 6h da manhã tem me feito bem, só morro de nojo das coisas que bóiam na piscina. Tentei nadar de olhos fechados, mas não deu certo. Então, fico concentrada e números e esqueços os insetos, fios de cabelo e outras coisas que nadam ao meu lado... eca!

Musique-se

Paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não...a vida não para)

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Serviço de inutilidade pública


Nem tudo que reluz é ouro
Nem tudo que balança cai

Nem tudo que é publicado é notícia
Nem todo mundo que escreve é jornalista!

Correio Braziliense, 17 de outubro de 2006

A Polícia Civil de Nova Iguaçu (RJ) registrou novos ataques de Vitor Hugo Simões de Loterio, 28 naos, conhecido na Baixada Fluminense como o "maníaco do dedo", que assediou sexualmente 22 mulheres nos bairros da cidade. Nos ataques recentes, o acusado manteve a mesma estratégia: entrou na casa das vítimas entre as 3 e as 5h, com o rosto coberto, abordou a mulher, rendeu-a e chupou os dedos dos pés da vítima. Na saída, o maníaco roubou alguns objetos e tornou a deixar recados obscenos na parede, como "o seu pé é muito gostoso". O tarado teve pedido de prisão apresentado à Justiça pela polícia.
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Legenda da foto: Mafalda muito passada. Não sei se com a minha capacidade de fazer versos ou com o tal "tarado do dedo"
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Muuuuuuitas saudades!
79 dias...
2 quilos a menos... putz! Ainda faltam mais 12... mas eu chego lá!

domingo, 15 de outubro de 2006

Sorrisos preguiçosos e musicais de domingo...

Quando eu atravessava aquela rua, morria de medo
De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
O sonho fatalmente viraria um pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo bar, Leblon
(...)

(Tesoura dos desejos - Alceu Valença)


Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é o seu paraíso


(Debaixo dos caracóis dos seus cabelos - Caetano Veloso)

Quando eu rio
Rio seco
Como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda
Escavada no chão
Quando eu choro

(Baioque - Chico Buarque)

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Para traduzir a mim, só ele...

Completamente Blue

Cazuza

Tudo azul
Completamente blue
Vou sorrindo, vou vivendo
Logo mais vou no cinema
No escuro eu choro
E adoro a cena

Sou feliz em Ipanema
Encho a cara no Leblon
Tento ver na tua cara linda
O lado bom, o lado bom, o lado bom

Como é triste a tua beleza
Que é beleza em mim também
Vem do teu sol que é noturno
Não machuca e nem faz bem

Você chega e sai e some
E eu te amo assim tão só
Tão-somente o teu segredo
E mais uns cem, mais uns cem

Tudo azul, tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul, tudo azul

Como é estranha a natureza
Morta dos que não tem dor
Como é estéril a certeza
De quem vive sem amor, sem amor

Mas tudo azul, tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul ...

sábado, 14 de outubro de 2006

Os meus saudáveis

Sol e mar. Na mistura perfeita, adicione seus amigos de longa data. Nisso, o cenário de um sofrimento que não existe mais. É vitória contra a dor, é a superação do tempo que só faz aumentar a amizade.

Somos médicos, advogados, físicos e jornalistas. "A gente somos do grupo jovens"... ali come-se areia, bebe-se fanta uva, conta-se piadas infames e vive-se o hoje rindo do ontem. O ontem, vivo como nunca, que nos faz ser mais felizes hoje, afinal "basta estarmos juntos".

São, hoje, a única forma que eu encontro de ainda ver "aquele" deus tão próximo. Ele hoje me parece tão real e plausível quanto o coelho da páscoa ou papai noel; eles me dão a sensação de que a vida vale a pena, simplesmente por eu seu quem sou... E por nós sermos quem somos, principalmente quando estamos juntos. É amor para toda uma vida. É um amor que completa 8 anos...

Outros surgem e talvez se vão como vieram. Mas com os meus "saudáveis", cheios de "espiritualidade", aprendi o valor da amizade. Daquelas de atravessar a vida. Uns se vão, eles ficam.

Enfim...

- Confesso não ter entendido muito bem do que se tratava a tal "Dália Negra";
- Desculpo-me por não ter conseguido, talvez, pagar a minha dívida;
- Agradeço os chocolates, embora odeie o fato de sair do odiado regime;
- Silencio simplesmente para sentir melhor os momentos em sua companhia. É um bem enorme;
As palavras faltam, as mãos titubeiam, a atitude pensada esmorece... mas por mim, as horas durariam dias. Incontáveis dias.
* Definitivamente, eu sou melhor escrevendo. Os dedos que batem rapidamente no teclado apenas traduzem os pensamentos, e eu não tenho tempo de censurá-los.

É muita cara de pau.

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Hoje não tem música. Fica o silêncio das palavras. O silêncio do luto, da dor e do valor da presença que se acabou, mas é eterna.

Um brinde!

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Penso e danço*


Penso como vai minha vida
Alimento todos os desejos
Exorcizo as minhas fantasias
Todo mundo tem um pouco de medo da vida

Pra que perder tempo desperdiçando emoções?
Grilar com pequenas provocações
Ataco, se isso for preciso
Sou eu quem escolho e faço os meus inimigos

Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fico esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário

Não penso em tudo que já fiz
E não esqueço de quem um dia amei
Desprezo os dias cinzentos
Eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo

Eu rasgo o couro com os dentes
Beijo uma flor sem me machucar
As minhas verdades eu invento sem medo
Eu faço tudo pelos meus desejos

Pense e dance...
Pense e dance...

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* Mesmo sendo uma pessoa sem rítmo...

Adoro a letra dessa música. Identificação total...

Semana de provas acabando! Graças!
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87 dias...

Feriado à vista. Ótimo!

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Música ruim, só pra cantarolar... ♪ ê saudade, que bate no meu coração...♪

Hahahahaha

Horrível, mas é verdade.
Vestidinho de bolinhas amarelas e roxas... um horror tb!

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Frágil destino...

Hoje eu recebi um e-mail que me fez pensar em quão insignificante somos. Em anexo, imagens dos corpos pós-acidente com o avião da Gol. Mutilados, desfigurados, despedaçados... não sobrou nada que lembrassem vidas, a não ser olhos abertos que pareciam refletir o pânico que, acredito eu, acometeu os passageiros durante os oito minutos de queda livre do avião, em posição vertical, a 37 mil pés de altura.
Fragilidade inerente ao ser humano, que se considera tão forte.

Semana de provas e o stress sobe à cabeça. Pudera! Eu fui incapaz de tocar nos meus livros (leia-se fichas e fotocópias). Deve ser o fatídico desestímulo de reta final de curso. Você começa a deixar as “ideologias jornalísticas” em casa quando se depara com a dificuldade do mercado de trabalho, que não seleciona os melhores, mas elege os indicados. Mas acreditar ainda é o melhor caminho a ser trilhado até conseguir ter o tal “canudo” nas mãos...
Depois disso, sabe-se lá onde irei parar...

Essa madrugada o cachorrinho de estimação da minha prima mais velha foi sacrificado. Eu nem gostava dele, já que me mordeu quando eu era pequena, mas fiquei compadecida do sofrimento da minha prima. Foram 17 anos de convivência com aquele pulguento insuportável que, sem dúvidas, ela aprendeu a amar.
Ficam meus pêsames pelo falecimento do infeliz...

Do meu novo CD, canta-me Cazuza...

Musique-se

Por Aí

Cazuza

Se você me encontrar assim
Meio distante
Torcendo cacho
Roendo a mão
É que eu tô pensando
Num lugar melhor
Ou eu tô amando
E isso é bem pior, é

Se você me encontrar
Rodando pela casa
Fumando filtro
Roendo a mão
É que eu não tô sonhando
Eu tenho um plano
Que eu não sei achar
Ou eu tô ligado
E o papel, e o papel
E o papel pra acabar

Se você me encontrar
Num bar, desatinado
Falando alto coisas cruéis
E que eu tô querendo Um cantinho ali
Ou então descolando
Alguém pra ir dormir

Mas se eu tiver nos olhos
Uma luz bonita
Fica comigo
E me faz feliz
É que eu tô sozinho
Há tanto tempo
Que eu me esqueci
O que é verdade
E o que é mentira em volta de mim

Amanhã, Tributo à Cazuza no Downtown. É... na falta, vai tu mesmo...



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90 dias.
Uma falta, um vazio. Um vazio cheio.

Um lugar:
Um pensamento:
Uma pessoa:

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

A vida é uma linda bossa nova


WaVe

sr. Antonio Carlos Jobim

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

O resto é mar
É tudo que eu nem sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver

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91 dias

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Era Deus... deuses

Não sei se existe a tal coisa que eu costumava chamar de Deus. É, assim mesmo, com "D" maiúsculo, em sinal de respeito. Do mais profundo respeito. Por vezes fora um respeito silencioso, que baixava a cabeça para os acontecimentos, como se desse ao tal "deus" permissão para "fazer em mim sua completa vontade".

Ouvir o tempo todo “se deus quiser”, “quando deus quiser”, “foi deus quem quis”, sempre me deu uma impressão de que ele seria muitíssimo ocupado. Era por isso a falsa impressão (falsa, segundo minha avó) de que jamais me ouvia. Hoje, quem sempre assumia o papel de protagonista da história, consegue apenas pontas, participações especiais, que pouco demonstram a importância de outrora.

Hoje eu creio nos homens, em mim, e isso talvez seja o amadurecimento da fé. Não tornei-me descrente, mas racional. A crença, por si só, não permite que racionalizemos seus meios, pensando em entender seus fins. A razão, hoje, me ensina a “fazer por onde” para se chegar longe.

Gosto de coisas práticas, rápidas, embora aprecie todos os processos de construção de um novo fato. È como um prato de papa. Minha mãe me mandava comer pelas beiradas, onde já estava mais frio. E, embora minha vontade fosse de comer o centro do prato, eu achava interessantíssimo a diferença de temperatura... ficava imaginando os processos do fenômeno térmico.

Falando em processos, estou às voltas com a minha monografia. Fico pensando o porquê de ter escolhido o projeto mais difícil... QUE COISA!! Pilhas e pilhas de teorias da comunicação, coisas complicadas de entender, simplesmente por que não têm uso na prática. Para complicar ainda mais, falarei sobre ÉTICA. Céus, parece piada!! Apesar disso, analisar Cazuza é um prazer à parte.

Falando em Cazuza... música dele! E viva o bom humor de agora à noite...
Sim, isso é bom... nada de lamúrias.

Musique-se
Menor Abandonado
Cazuza e Roberto Frejat
Eu tô perdido, sem pai nem mãe, bem na porta da sua casa
Eu tô pedindo a tua mão e um pouquinho do braço
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam
Eu tô pedindo a tua mão, me leve para qualquer lado
Só um pouquinho de proteção ao maior abandonado
Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessam
Me ame como a um irmão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam...
Estou pedindo a tua mão me leve pra qualquer lado
Só um pouquinho de proteção ao maior abandonado
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92 dias...
Saudades enormes, embora façam poucos dias...
Sono, sono, sono...

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Alegria, Alegria...

Caetano Veloso

Caminhando contra o vento, sem lenço sem documento
No sol de quase dezembro, eu vou
O sol se reparte em crimes, espaçonaves, guerrilhas
Em Cardinales bonitas, eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot

O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou, por que não, por que não?

Ela pensa em casamento, e eu nunca mais fui à escola
Sem lenço, sem documento, eu vou
Eu tomo uma Coca-Cola, e ela pensa em casamento
Uma canção me consola, eu vou

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou, sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não?
Por que não?
Por que não?
Por que não?
Por que não?
Por que não?

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"Alegria, alegria", pra compensar o filme que não vi ontem.
Para compensar as lamúrias dos posts anteriores.
Para não dizer o que mais tenho vontade...

94 dias...