quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Era Deus... deuses

Não sei se existe a tal coisa que eu costumava chamar de Deus. É, assim mesmo, com "D" maiúsculo, em sinal de respeito. Do mais profundo respeito. Por vezes fora um respeito silencioso, que baixava a cabeça para os acontecimentos, como se desse ao tal "deus" permissão para "fazer em mim sua completa vontade".

Ouvir o tempo todo “se deus quiser”, “quando deus quiser”, “foi deus quem quis”, sempre me deu uma impressão de que ele seria muitíssimo ocupado. Era por isso a falsa impressão (falsa, segundo minha avó) de que jamais me ouvia. Hoje, quem sempre assumia o papel de protagonista da história, consegue apenas pontas, participações especiais, que pouco demonstram a importância de outrora.

Hoje eu creio nos homens, em mim, e isso talvez seja o amadurecimento da fé. Não tornei-me descrente, mas racional. A crença, por si só, não permite que racionalizemos seus meios, pensando em entender seus fins. A razão, hoje, me ensina a “fazer por onde” para se chegar longe.

Gosto de coisas práticas, rápidas, embora aprecie todos os processos de construção de um novo fato. È como um prato de papa. Minha mãe me mandava comer pelas beiradas, onde já estava mais frio. E, embora minha vontade fosse de comer o centro do prato, eu achava interessantíssimo a diferença de temperatura... ficava imaginando os processos do fenômeno térmico.

Falando em processos, estou às voltas com a minha monografia. Fico pensando o porquê de ter escolhido o projeto mais difícil... QUE COISA!! Pilhas e pilhas de teorias da comunicação, coisas complicadas de entender, simplesmente por que não têm uso na prática. Para complicar ainda mais, falarei sobre ÉTICA. Céus, parece piada!! Apesar disso, analisar Cazuza é um prazer à parte.

Falando em Cazuza... música dele! E viva o bom humor de agora à noite...
Sim, isso é bom... nada de lamúrias.

Musique-se
Menor Abandonado
Cazuza e Roberto Frejat
Eu tô perdido, sem pai nem mãe, bem na porta da sua casa
Eu tô pedindo a tua mão e um pouquinho do braço
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam
Eu tô pedindo a tua mão, me leve para qualquer lado
Só um pouquinho de proteção ao maior abandonado
Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessam
Me ame como a um irmão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam, me interessam...
Estou pedindo a tua mão me leve pra qualquer lado
Só um pouquinho de proteção ao maior abandonado
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92 dias...
Saudades enormes, embora façam poucos dias...
Sono, sono, sono...

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