terça-feira, 24 de outubro de 2006

Sinopse de Novela

Enredo

O trajeto das aulas de reforço para casa, a boa aparência e a inocência de acreditar em um estranho. Foram essas as causas do assassinato de Laís. Foi o fim dos seus dez anos ainda incompletos.
Ricardo tem 33 anos e uma cabeça psicopata. É presidiário, mas cumpria sua pena em regime semi-aberto; passava o dia em meio às pessoas de “bem”, à noite voltava aos seus aposentos na prisão. A culpa foi da justiça, que por “bom comportamento”, concedeu-lhe o benefício, mesmo tendo cometido um crime hediondo – estupro. Foi um reprise...
Era 10 de agosto, final da tarde. Fingindo ser amigo de uma das professoras da menina, Ricardo atrai Laís, dizendo que tinha um livro para que ela entregasse. Ela o segue, recebe uma gravata e morre asfixiada. No dia seguinte, já em meio às movimentações em busca da menina, ele volta ao local onde havia deixado o corpo – um terreno a menos de 1 km da casa onde morava – e viola o cadáver. Sexo anal na criança, já sem vida, não foi o bastante. Nos relatos aos delegados que apuram o caso, Ricardo disse que esquartejou, queimou e espalhou o que restou pelo terreno.
A mãe, Lindomar, de 31 anos, não se conforma (claro) e queria, a todo custo, perguntar ao algoz os motivos da crueldade. Não recebeu permissão da polícia, que quis evitar mais desgastes e constrangimentos (para quem?). Os irmãos, um menino de 16 e uma menina de 14 anos, não têm noção do tamanho do crime (suas causas e conseqüências); mas sabem que nunca mais verão Laís de novo.

Falas

A imprensa noticia, cria uma novela em torno do caso. Talvez não pudesse ser diferente, mas por outro lado, perguntas como “o que vai ser da família daqui pra frente?” ou “o que você diria se ficasse frente a frente com o assassino?” devessem ser evitadas. As matérias tinham se prender aos fatos, não às sensações das “cenas do próximo capítulo”.

Mas a “novela” Laís ainda vai longe. Ainda entrevistarão mais vezes a mãe do assassino, que vai repetir mil vezes que é evangélica e por isso perdoou seu filho, e que ele é doente porque foi abusado sexualmente por um tio quando era criança. Ainda vem DNA, exame de arcada dentária, reconhecimento dos pertences da vítima, análise dos cabelos...
O que eu sei é que a polícia levou 70 dias perdida no meio de pistas falsas, sendo enganada por um criminoso que já estava sob sua “custódia” e que foi posto nas ruas pela própria justiça. Ele chegou a ver algumas passeatas do povo de Limoeiro, onde ocorreu o caso, antes de ser transferido para Canhotinho. A mãe passou mais de 2 meses atrás de uma filha morta que ela acreditava com todas as forças que estivesse viva.

Vergonhoso!

Talvez não precisasse nem continuar mantendo Ricardo hospedado em qualquer presídio, cumprindo em regime fechado a sua pena. Poderíamos fazer com ele o que se fez com Cristo, segundo diz a bíblia: julgamento público, dando ao povo o direito de escolher.

Continuemos a assistir o desenrolar do caso...
Enfim...

Nenhum comentário: